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Direto das Ruas

Sem renda, famílias se frustam por não conseguir o auxílio emergencial

Desempregados e autônomos ficaram de fora da lista de contemplados

Tainá Jara | 06/07/2020 14:32

Para algumas pessoas, mesmo para desempregadas e trabalhadores autônomos, reportar a situação de dificuldade financeira no aplicativo do auxílio emergencial pago pelo governo federal, não foi suficiente para garantir os R$ 600.

O último dia para solicitar a ajuda foi em 2 de julho, motivo de frustração para quem não conseguiu ser contemplado, diante de tantos caos de servidores e até mesmo moradores de outros países que tiveram acesso à ajuda.

Jardineiro, Aparecido Pereira De Masceno, 38 anos, morador do Bairro Maria Aparecida Pedrossian, viu os serviços minguarem durante a pandemia. “O pessoal fica com medo de receber a gente em casa, por medo do vírus”, afirma.

Mesmo sendo cadastrado como beneficiário do Bolsa Família, comprovando a situação de vulnerabilidade, ele não conseguiu ser contemplado e precisa buscar alguns bicos para manter a casa com cinco pessoas. A família é mantida quase que exclusivamente com um salário mínimo da esposa, que possui carteira assinada.

O dinheiro no entanto, não é suficiente e nem mesmo os “bicos” realizados pelo autônomo têm sido suficientes para deixas as contas em dia. “A gente tenta se virar como pode, mas as contas de água e luz estão todas atrasadas”, desabafa. Com os filhos de 9, 14 e 17 anos em casa em tempo integral, já que todos estão sem aula presencial, as despesas são ainda maiores.

Talita (da frente) teme não se formar com colegas do curso de Fisioteparia por não consegui pagar a mensalidade do curso, já que está desempregada (Foto: Arquivo pessoal)
Talita (da frente) teme não se formar com colegas do curso de Fisioteparia por não consegui pagar a mensalidade do curso, já que está desempregada (Foto: Arquivo pessoal)

Nem sem emprego - Estudantes do oitavo semestre de Fisioterapia, com bolsa de 95%, Talita Araújo, 26 anos, teme em não ver o sonho de pegar o diploma realizado. Apesar suporte dado pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), ela está com dificuldade de honrar com a mensalidade de R$ 235.

Ela perdeu o emprego logo no início da pandemia, quando a universidade em que trabalha e estuda dispensou funcionários do setor administrativo para reduzir custos. Mesmo desempregada, a estudante não conseguiu ter acesso ao auxílio emergencial. “Não aprovaram”, afirma.

O salário mínimo da mãe, que tem carteira assinada, é o que segura o sustento da casa alugada, ocupada por três pessoas, no Bairro Tiradentes. “Pagamos aluguel de R$ 600. A gente paga luz e aluguel. O resto, compra quando dá”, desabafa.

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