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Economia

Agropecuária salvou o PIB, mas MS ainda vive retração econômica, diz governador

De acordo com o governador, em razão da grande safra de grãos, o PIB saiu da linha negativa, mas é preciso que outros elementos que compõem o conjunto das riquezas

Lucas Junot | 02/06/2017 16:42
Governador Reinaldo Azambuja, no Fórum Brasil Central, no Tocantins(Foto: Governo do Estado - TO)
Governador Reinaldo Azambuja, no Fórum Brasil Central, no Tocantins(Foto: Governo do Estado - TO)

O governador Reinaldo Azambuja comentou, nesta sexta-feira (2), durante encontro dos governadores do Fórum Brasil Central, em Palmas (TO), que “a agropecuária” demonstrou, diante do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), forte influência na economia.

De acordo com o governador, em razão da grande safra de grãos, o PIB saiu da linha negativa, mas é preciso que outros elementos que compõem o conjunto das riquezas (produção de bens e serviços) retomem a capacidade de investimento para que o Brasil “possa de fato comemorar o fim da recessão”.

“Vivemos ainda um quadro de retração da economia. A agropecuária deu a sua contribuição nesse momento, mas há que se desencadear o processo de retomada do crescimento no conjunto da economia e não apenas em um ou dois segmentos”, analisou Reinaldo Azambuja, notando a preocupação do setor produtivo em relação às políticas de preço, taxas de juros e variação cambial, fatores que permeiam os mercados interno e externo.

“O Brasil precisa de investimentos, os empresários precisam investir para gerar emprego e renda, fatores que determinam o aumento no nível de consumo. Não se pode dizer que os sinais são fortes enquanto a população não recuperar a capacidade de consumo”, disse o governador.

Fortemente influenciado pela agropecuária, o PIB cresceu 1% no primeiro trimestre do ano, comparado ao quarto trimestre de 2016, na série livre de influências sazonais. Esta foi a primeira alta na comparação, após dois anos consecutivos de queda.

Os dados foram divulgados nessa quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro, pelo IBGE e indicam, porém, que apesar da alta, o PIB caiu 0,4% quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado, enquanto o resultado acumulado dos quatro últimos trimestres terminados agora em março registra queda de 2,3% – portanto, o acumulado dos últimos doze meses, em relação ao período imediatamente anterior.

Os dados evidenciam o forte crescimento da agropecuária, que fechou o primeiro trimestre do ano com alta de 13,4%, uma vez que a indústria teve expansão de 0,9% e o setor de serviços fechou estável entre um período e outro (0,0%).

Mesmo com o crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre deste ano, no mesmo período a Despesa de Consumo das Famílias caiu 1,9%. “Esse resultado pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de crédito e mercado de trabalho ao longo do período”, justificou o IBGE.

Segundo o IBGE, em valores correntes, o PIB encerrou o primeiro trimestre do ano em R$ 1,6 trilhão. A taxa de investimento no primeiro trimestre foi de 15,6% do PIB, abaixo da observada no mesmo período do ano anterior (16,8%). A taxa de poupança foi de 15,7% ante 13,9% no mesmo período de 2016.

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