Atacado lidera expansão comercial com crescimento de 90% na última década
Geração de empregos cresceu junto ao setor, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

O comércio de Mato Grosso do Sul registrou crescimento expressivo na última década, com avanço de 14,9% no número de estabelecimentos e de 11,3% na quantidade de pessoas empregadas no setor. Os dados fazem parte da PAC (Pesquisa Anual de Comércio), divulgada nesta quinta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que acompanha a estrutura das empresas comerciais do país há quase 30 anos.
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O comércio de Mato Grosso do Sul registrou crescimento significativo na última década, com aumento de 14,9% no número de estabelecimentos e 11,3% na quantidade de empregados. Segundo a Pesquisa Anual de Comércio do IBGE, o estado contava com 25.528 unidades comerciais em 2023, sendo o setor atacadista o que apresentou maior expansão. O setor empregava 153.548 pessoas em 2023, com salário médio mensal de 2 salários mínimos. A receita operacional bruta atingiu R$ 144,1 bilhões, quase o triplo do registrado em 2014, colocando MS na 14ª posição no ranking nacional, com 1,87% da receita bruta do comércio brasileiro.
Segundo o levantamento, o Estado contava em 2023 com 25.528 unidades comerciais com receita de revenda, frente às 22.487 registradas em 2014. O maior crescimento proporcional foi observado no comércio por atacado, que quase dobrou em dez anos, passou de 2.045 para 3.886 estabelecimentos, alta de 90%. O comércio de veículos, peças e motocicletas, por exemplo, cresceu 46%, totalizando 3.401 unidades. Já o comércio varejista, apesar de representar a maior fatia, avançou 2,3%, indo de 17.839 para 18.241 lojas.
A geração de empregos também acompanhou a expansão do setor. Em 2023, o comércio sul-mato-grossense empregava 153.548 pessoas, 15.619 a mais do que em 2014. A maioria (70,7%) está no varejo, seguido pelo atacado (17,4%) e pelo setor de veículos (11,8%). Em relação a 2022, houve um aumento de 5,1% no número de trabalhadores. Nacionalmente, o setor empregava 10,5 milhões de pessoas.
O salário médio mensal no comércio de MS subiu de 1,8 para 2 salários mínimos no período, crescimento de 11,1%. O atacado continua sendo o segmento com melhor remuneração média (2,8 salários mínimos), seguido pelo comércio de veículos (2,1) e o varejo (1,7). Em valores totais, o setor movimentou R$ 5,1 bilhões em salários e outras remunerações no ano passado, alta de 118,3% em comparação com os R$ 2,3 bilhões pagos em 2014.
No cenário nacional, MS ocupa a 13ª posição entre os estados que mais remuneram no comércio, respondendo por 1,4% do total, atrás de São Paulo, que lidera com 35,7%.
A receita operacional bruta do comércio sul-mato-grossense também bateu recordes. Foram R$ 144,1 bilhões gerados em 2023, quase o triplo dos R$ 48,6 bilhões registrados em 2014, o que representa um crescimento de 196,1%. O comércio por atacado respondeu por R$ 81,1 bilhões (56,3%) do total, o varejo por R$ 50,1 bilhões (34,8%) e o setor de veículos por R$ 12,8 bilhões (8,8%).
Com esse desempenho, a participação do Estado na receita bruta da região Centro-Oeste subiu de 15,3% para 16,4% em dez anos. Já no ranking nacional, MS aparece na 14ª colocação, com 1,87% da receita bruta gerada pelo comércio brasileiro.
Segundo o estudo, a margem de comercialização, diferença entre a receita líquida de revenda e o custo dos produtos, também cresceu fortemente. Em 2023, esse indicador alcançou R$ 24,5 bilhões no Estado, alta de 177% em relação a 2014 (R$ 8,8 bilhões). Novamente, o destaque foi o comércio por atacado, que respondeu por 46,4% do total e registrou aumento de 274,7% na comparação entre 2014 e 2023, passando de R$ 3 bilhões para R$ 11,3 bilhões.
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