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Economia

Bancos antecipam abertura, mas não livram clientes de longas filas

Caroline Maldonado | 07/10/2014 12:56
Na hora do almoço, fila de caixas do fundo da agência, passava pela porta giratória e se estendia até a porta de entrada na Caixa Econômica (Foto: Marcos Ermínio)
Na hora do almoço, fila de caixas do fundo da agência, passava pela porta giratória e se estendia até a porta de entrada na Caixa Econômica (Foto: Marcos Ermínio)

Preocupados com o acúmulo de transações para fazer nos bancos, clientes chegaram cedo as agências na manhã desta terça-feira (7) para aproveitar a volta dos bancários que ficaram uma semana em greve. Parte das agências abriram mais cedo mas,  mesmo assim, as filas continuam longas até o horário do almoço, quando começam a chegar ainda mais pessoas.

De tão ansiosa para resolver várias pendências, a professora Mirian Luiz Queiroz, 46 anos, chegou as 10h na agência da Caixa Econômica da Rua Barão do Rio Branco e ficou surpresa ao ver que o banco estava aberto desde as 9h30. “Não peguei fila mas estou vendo que quem chegou agora vai esperar um bom tempo. Vim fazer várias coisas que estava precisando há dias e não pude por causa da greve”, disse a professora ao contar que só hoje já fez uma transferência para uma conta que acabou de abrir e ainda cancelou uma folha de cheque. As agências do banco Bradesco também abriram com uma hora de antecedência hoje, que é o quinto dia últil, para garantir o pagamento de salários e benefícios sem tumulto.

Com o acordo feito ontem (6), em que os funcionários aceitaram reajuste de 8,5% proposto pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), a entidade propôs a compensação dos dias parados durante a greve, sendo de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas e uma hora por dia, no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para servidores com jornada de oito horas.

O horário diferenciado de hoje em algumas agências agradou os clientes. “Gostei que abriu mais cedo, acho que deveria ser sempre assim quando termina greve. Eu já vim bem mais cedo para enfrentar a fila e cheguei aqui e achei bom essa novidade”, afirmou Mirian.

Os problemas são diversos e cada cliente tem uma ou duas coisas para resolver. Depois de ter a senha cancelada por errar três vezes ao tentar fazer uma transação pela internet, a Fiscal Bianca Rocha, 30 anos, esperou o fim da greve para resolver o caso sem poder fazer nada pelo caixa eletrônico, na última semana. Hoje, pela manhã, ela foi à uma agência, mas o atendente aconselhou Bianca a ir até uma Casa Lotérica para ser atendida mais rápido, já que a fila estava muito grande no banco. “Eu queria ter resolvido isso antes, mas não deu porque a agência estava fechada e agora está lotada, vou demorar demais se ficar aqui esperando”, disse.

Alguns não reclamam, contam que resolveram tudo no caixa eletrônico, mas para muitos idosos a greve é sempre um problema, por isso são maioria nas filas hoje. A vendedora Paula Carvalho, 30 anos, fez um saque essa manhã e contou que a avó que teve a aposentadoria depositada no dia dois só vai receber hoje.

Filas de atendimento interno e caixa eletrônico se misturavam de tanto movimento no início da manhã.
Filas de atendimento interno e caixa eletrônico se misturavam de tanto movimento no início da manhã.

“Minha avó é idosa e nunca usa o caixa eletrônico. Ela pega o pagamento no caixa e durante a greve como todo mundo estava trabalhando não deu pra niguém vir buscar o pagamento para ela”, lamentou Paula.

Acordo – Segundo o Comando Nacional dos Bancários, na Convenção Coletiva os bancos se comprometem a fazer o monitoramento de resultados com equilíbrio, de maneira positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho.

Durante os sete dias de paralisação, das 130 agências em Mato Grosso do Sul, 80 ficaram fechadas, 69 delas em Campo Grande. A greve teve a participação de 1.915 trabalhadores de bancos públicos e privados.

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