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Economia

Briga no STJ não deve impedir fábrica de R$ 8 bilhões em MS, diz André

Edivaldo Bitencourt e Leonardo Rocha | 07/03/2014 09:23
Governador continua otimista com a vinda de nova fábrica ao Estado (Foto: Cleber Gellio)
Governador continua otimista com a vinda de nova fábrica ao Estado (Foto: Cleber Gellio)

O governador André Puccinelli (PMDB) acredita que a disputa jurídica não deverá comprometer o investimento de R$ 8 bilhões na construção da terceira fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul. O JBS, grupo controlador da Eldorado Celulose, foi ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para impedir a abertura da empresa em Ribas do Rio Pardo, que deverá gerar 8 mil empregos na construção.

Segundo o peemedebista, a CRPE Holding, do empresário Márcio Celso Lopes, já obteve financiamento da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), no valor de R$ 730 milhões, e tenta viabilizar mais R$ 1,3 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Para o governador, a briga jurídica entre o JBS e o ex-sócio, Lopes, não deve atrasar o início da obra, previsto para junho deste ano. A previsão é de que a fábrica produza 2 milhões de toneladas de celulose por ano.

Outro indício de que o negócio deve ser concretizado é que o grupo já conta com 60 mil hectares de floresta plantados na região. “Acredito que vai dar certo”, ressaltou Puccinelli.

Esta pode ser a terceira fábrica de celulose em MS. A primeira foi a Fibria, que produz 1,3 milhão de toneladas em Três Lagoas. No mesmo município funciona a Eldorado, que produz 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. As duas planejam construir uma segunda linha e devem dobrar a produção.

Com os novos investimentos, o Estado deverá produzir 8 milhões de celulose por ano.

Briga - A empresa J&f Participações, que controla o frigorífico JBS e a Eldorado Celulose, entrou com ação na Justiça de São Paulo para tentar impedir a instalação da fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo.

O grupo J & F Participações ingressou com ação na Justiça para barrar o empreendimento capitaneado pelo ex-sócio, Márcio Celso Lopes, que faz parte CRPE Holding, a responsável pelo investimento. A companhia alega que ele assinou um termo de não com concorrência por 10 anos quando vendeu a participação na Eldorado, ocorrida há dois anos.

O grupo JBS já perdeu em duas instâncias. O juiz de primeira instância e o Tribunal de Justiça de São Paulo negaram os pedidos de liminares para suspender o negócio. Novo pedido para suspender o investimento será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Lopes é acionista do fundo de investimento em participações MCL, que tem um patrimônio registrado de R$ 300 milhões na Comissão de Valores Mobiliários. O fundo está aberto para captações de investidores estrangeiros e pode chegar a R$ 1,5 bilhão.

Já a J& F alega que ele não cumpriu o acordo, já que continuou plantando eucalipto antes mesmo da CRPE anunciar a instalação da fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo.

Além disso, a J&F entende que o investimento anunciado fere a cláusula de não concorrência, pela qual teria pago quantia que excedia o valor da participação de Mário Celso na Eldorado.

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