Capital inicia transição de frota de coleta de lixo para combustível limpo
Futuramente, a ideia é utilizar os caminhões com biometano, combustível 100% renovável
A coleta de resíduos em Campo Grande dá o primeiro passo na substituição de sua frota a diesel por veículos compressores movidos a GNV (Gás Natural Veicular). A adoção do gás natural representa uma transição estratégica rumo ao biometano, ou seja, a ideia é utilizar os mesmos caminhões com o biometano, um combustível 100% renovável, que será produzido no próprio aterro sanitário da cidade, o Ereguaçu, que está em fase de licenciamento e concepção do projeto.
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Campo Grande inicia a transição da frota de coleta de resíduos para veículos movidos a GNV (Gás Natural Veicular), com o objetivo futuro de utilizar biometano, um combustível 100% renovável. A Solurb, concessionária municipal, adquiriu três caminhões da Scânia, cada um custando R$ 1,26 milhão, o dobro do valor de um veículo a diesel. A empresa planeja testar o GNV como alternativa ao diesel, enquanto aguarda a produção de biometano no aterro sanitário Ereguaçu, prevista para 2029. A iniciativa faz parte de um projeto piloto que visa avaliar a viabilidade técnica e ambiental dos novos veículos. O biometano, produzido a partir da decomposição de matéria orgânica, promete reduzir emissões de gases de efeito estufa e garantir independência energética. A transição reforça o compromisso da cidade com práticas sustentáveis e inovadoras na gestão de resíduos urbanos.
Produzidos somente pela empresa Scânia, cada um dos veículos adquiridos custou R,260 milhão, sendo R$ 1 milhão na aquisição e R$ 260 mil no implemento do baú para a coleta do lixo. Esse valor representa o dobro do preço de um caminhão comum, movido a diesel.
A Solurb, concessionária municipal de limpeza urbana, renovou 15 veículos de sua frota de 55, sendo que três são movidos tanto a GNV quanto a biometano. Como ainda não há fornecimento de biometano na Capital, a empresa inicia período de teste com o uso GNV, como alternativa ao diesel em um projeto piloto para entender a viabilidade dele futuramente.
Superintendente da Solurb, Elcio Terra, explica que a iniciativa faz parte do “contrato de concessão com o município, reforça o compromisso conjunto com práticas mais sustentáveis e inovadoras na gestão de resíduos urbanos”.
Atualmente, a frota da Solurb é abastecida a diesel na própria empresa, mas os veículos de GNV passarão a ser abastecidos nos três postos que fornecem o combustível em Campo Grande.
“Neste primeiro momento, entramos em operação com três unidades movidas a GNV, como parte de um projeto piloto que visa avaliar o desempenho técnico e ambiental desses veículos, e assim iniciar a substituição progressiva da atual frota”, explicou o também superintendente da concessionária, Lucas Dolzan ao lembrar que a empresa irá avaliar a viabilidade operacional, incluindo, consumo, manutenção e produtividade do caminhão.
Biometano
Futuramente, esta frota pode ser ampliada e o biometano pode ser o combustível a ser utilizado a partir de produção própria na Usina Ereguaçu. A unidade deverá ser construída no aterro sanitário de mesmo nome, que terá 90 hectares de áreas, na região da Gameleira, e tem previsão de entrar em operação em 2029.
Na usina haverá o processamento do resíduo, que vai gerar o biogás, que é composto 98% por metano e pode ser transformado em biometano ou energia elétrica. A proposta é fazer o aproveitamento do biogás produzido no aterro e transformá-lo em biometano, decisão que será avaliada durante a implantação do processo.
Entre as diferenças, o GNV é combustível fóssil que oferece vantagens econômicas ambientais, como economia no abastecimento e redução da emissão de poluentes. Já o biometano é uma energia renovável produzida a partir da decomposição de matéria orgânica e pode substituir o gás natural veicular. Além disso, reduz a emissões de gases de efeito estufa e garante a independência energética.