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Economia

Capital vive “boom” de mercados atacadistas e preços devem cair

Aliny Mary Dias | 25/06/2013 09:00
Atacadista da Gury Marques é uma das 5 lojas do Fort em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Atacadista da Gury Marques é uma das 5 lojas do Fort em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

“O consumidor é quem ganha”. A frase típica dita por economistas em relação ao aumento da concorrência nos setores do comércio é a realidade para quem vai às compras em Campo Grande. A Capital ganhou nos últimos anos 10 atacadistas que também vendem no varejo, os "atacarejos".

A boa notícia é um carrinho lotado por um valor menor. O gerente regional do Fort Atacadista, Paulo Henrique Arguelho, afirma que o aumento da concorrência vai diminuir os preços dos produtos. “Pressionamos a indústria em negociações, buscamos oportunidades com nossos fornecedores para obtermos baixo custo dos produtos e isso reflete no preço final, fomentando o mercado atacadista”, explica.

Ele explica que 80% das compras são feitas por clientes que consomem no “atacarejo”, como é denominado o formato de compra.

"Os clientes do varejo têm opção de comprar se beneficiando do preço do atacado, não necessariamente precisa levar uma caixa, pode ser um número intermediário, ou seja, são produtos e serviços que chegam ao consumidor final com preço bem abaixo do varejo”, ressalta Arguelho. O gerente regional

Em relação ao percentual de consumidores do “atacarejo”, o gerente regional explica que além de abastecer famílias, as redes atacadistas atendem também mercados e panificadoras de bairros que não precisam necessariamente comprar em grandes escalas, e no final das contas, as redes atacadistas se tornam “depósitos” de pequenos comerciantes.

O Fort possui cinco lojas em Campo Grande: na avenida Presidente Vargas, na Ernesto Geisel, no Jardim São Lourenço e na avenida Gury Marques. Além da rede, outras três empresas vendem no mesmo formato. O Maxxi com duas lojas, o Atacadão com três lojas e o Assaí, que inaugurou o primeiro hipermercado esse mês, completam a lista.

Para o economista Thiago Queiroz, a cidade se tornou atrativa para a instalação dos mercados e o consumidor tem a oportunidade de pagar menos nas compras do mês. “É muito interessante para a população porque os atacadistas estão oferecendo preços muito competitivos e o consumidor é quem ganha com essa concorrência”, afirma o economista.

Queiroz explica ainda que durante muitos anos a Capital se enquadrou na classe da “oferta reprimida”, quando poucas empresas oferecem um tipo de serviço. Com a mudança do cenário, não só os preços baixam, mas a exigência do consumidor aumenta e os atacadistas têm que investir no bom atendimento.

“Muitas vezes não é só o preço que faz a diferença, o atendimento e a forma de pagamento se tornam importantes para a escolha dos clientes”, diz o economista que acredita em espaço para instalação de novos mercados em Campo Grande.

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