ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 16º

Economia

Cautela reduz perdas do dólar, mas moeda termina no patamar de R$ 3,14

Niviane Magalhães, da Agência Estado | 01/09/2017 20:10

O dólar fechou em queda, mas reduziu as perdas ante o real nesta tarde de sexta-feira, 1, uma vez que os investidores assumiram uma posição mais defensiva - em torno dos R$ 3,14 -, se preparando para o final de semana. Contribuiu também para este movimento uma invertida do Dollar Index - que mede a moeda americana contra uma cesta de seis moedas fortes - que passou a subir em meio a uma releitura do relatório de emprego nos EUA (payroll), impactos sobre o euro e um indicador americano de indústria positivo.

"Já é rotina o investidor assumir posição defensiva na sexta-feira à tarde por causa do final de semana. Além disso, depois que o dólar atingiu o patamar dos R$ 3,13, abriu oportunidade de compra", disse o diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira.

De acordo com profissionais do mercado, a busca por proteção foi mais acentuada por parte dos investidores estrangeiros, uma vez que segunda-feira (4) é feriado do Dia do Trabalho nos EUA.

Entre os motivos destacados para a cautela estão a possibilidade de nova denúncia contra o presidente Michel Temer e eventuais delações, entre elas, a do doleiro Lúcio Funaro, que retornou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ontem, após passar por ajuste na Procuradoria-Geral da República (PGR), com quem o investigado firmou o acordo.

Pela manhã, o dólar chegou a cair com força ante o real, após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 0,2% no segundo trimestre ante o primeiro.

Corroborou para uma perda mais forte no câmbio mais cedo o relatório de empregos nos EUA, que mostrou criação de 156 mil vagas em agosto, abaixo da expectativa de geração de 179 mil postos. No entanto, durante a tarde, houve uma releitura do resultado, com alguns analistas observando que a economia americana já está em pleno emprego e que criação mensal acima de 150 mil vagas é suficiente para um aperto monetário. Esta percepção vez com que o Dollar Index passasse a subir.

Outros pontos contribuíram para o fortalecimento do dólar no exterior, movimento que foi replicado internamente. Após atingir máximas em reação ao payroll, o euro passou a se enfraquecer na esteira de relatos de que o Banco Central Europeu (BCE) pode adiar a decisão final sobre o programa de relaxamento quantitativo (QE) do ano que vem. Além disso, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial dos EUA calculado pelo ISM subiu a 58,8 em agosto, de 56,3 em julho.

No mercado à vista, o dólar terminou em baixa de 0,13%, aos R$ 3,1451. O giro financeiro somou US$ 1,10 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1231 (-0,83%) e, na máxima, aos R$ 3,1481 (-0,04%).

No mercado futuro, o dólar para outubro caiu 0,22%, aos R$ 3,1535. O volume financeiro movimentado somou US$ 14,33 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1340 (-0,83%) a R$ 3,1590 (-0,04%).

Nos siga no Google Notícias