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Economia

Com 900 funcionários, Metalfrio paralisa fábrica de Três Lagoas

Após demitir 200 trabalhadores no início do ano, empresa suspendeu contrato de trabalho pela MP 936

Rosana Siqueira | 22/05/2020 14:31
Indústria vai manter apenas atividades básicas com 150 funcionários. (Arquivo)
Indústria vai manter apenas atividades básicas com 150 funcionários. (Arquivo)

Após demitir cerca de 200 trabalhadores há pouco mais de um mês, a indústria de refrigeração Metalfrio suspendeu temporariamente por 30 dias, as operações na unidade de Três Lagoas.

A fábrica que tem 900 funcionários paralisou a produção no dia 20, mas vai manter as atividades de manutenção e desenvolvimento com 150 colaboradores. De acordo com nota oficial enviada pela empresa, a suspensão foi baseada na MP 936/20, que garantirá o complemento salarial pelo governo por até 60 dias. A empresa ainda garante que não fará demissões.

O motivo da paralisação foi a queda na demanda, que forçou a companhia a tomar medidas de ajuste em sua capacidade produtiva.

A direção da Metalfrio esclareceu que “a demanda atual de nossos clientes vem sendo fortemente afetada pela pandemia COVID-19 o que força a companhia a tomar medidas de ajuste em sua capacidade produtiva”.

Com relação aos contratos, a Metalfrio salientou que “negociou previamente um Acordo Coletivo com o Sindicato dos Trabalhadores, passando a adotar a MP 936/20. Durante o período da parada, a empresa continuará com as atividades de manutenção, desenvolvimento de projetos e os processos necessários para garantir a retomada das operações”.

Finalmente a empresa alega na nota “que é líder de mercado em refrigeração comercial e tem a convicção de que, junto com todos os brasileiros, sairá desta crise mais fortes e unidos”

Demissões – Em abril a empresa demitiu cerca de 200 colaboradores que tinham sido contratados no começo do ano para trabalhar na expansão da produção, que não ocorreu por causa da pandemia da covid-19.

A situação acendeu o sinal de alerta no setor, e na época das demissões o MPT (Ministério Público do Trabalho), solicitou detalhamento sobre a dispensa em massa.

De acordo Robson Freitas do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Materiais Elétricos de Mato Grosso do Sul (STIMMEME), na Capital o cenário é parecido com várias indústrias como a Soprano também trabalhando no sistema de suspensão de contratos. “Várias indústrias do setor estão adotando a suspensão do contrato de trabalho, reduzindo a produção ou parando. É o mesmo quadro e a tendência é de piorar”, finalizou.

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