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Economia

Com alta do preço do leite e derivados até doces ficarão mais caros

Renata Volpe Haddad | 13/07/2016 06:49
Derivados do leite encareceram até 65% este ano. (Foto: Marina Pacheco)
Derivados do leite encareceram até 65% este ano. (Foto: Marina Pacheco)

A entressafra do leite fez subir os preços dos derivados em até 65,58% em junho, se comparado com o mesmo período do ano passado. Com isso, as docerias de Campo Grande reduziram a margem de lucro, mas vão começar a repassar o aumento para os clientes.

De acordo com Andrea Diniz Carvalhal, proprietária da Andrea Doces, de um mês para cá, o preço do leite condensado, creme de leite e margarina, principais ingredientes usados na confecção de doces, subiu exorbitantemente.

"Para não repassar esse alta aos meus clientes, precisei diminuir a margem de lucro, mas se o aumento continuar, vou precisar repassar, pois quase todos os derivados do leite aumentaram 100%", comenta.

A proprietária da Brigadeiria Delivery, Tais de Brito Silva, vai ter que aumentar os preços dos doces, porque todos os derivados do leite subiram muito, principalmente o chocolate. "Em janeiro eu comprava barra de um quilo por R$ 20, agora não encontra por menos de R$ 30 e isso é em mercado atacadista, que geralmente os preço são menores".

Ainda segundo ela, no início do ano era possível comprar uma caixa fechada de leite condensado no valor de R$ 76, agora, não compra por menos de R$ 96. "Pode parecer pouco, mas aumentou tudo e não há como segurar os preços", informa dizendo que o brigadeiro de R$ 1,50 vai para R$ 2 e o carrinho de brigadeiros para festa, vai subir de R$ 150 para R$ 200.

Doces vão sofrer alteração de preço devido a entressafra do leite. (Foto: Marina Pacheco)
Doces vão sofrer alteração de preço devido a entressafra do leite. (Foto: Marina Pacheco)

Quem reduziu a margem de lucro em 10% para não repassar aos clientes o reajuste, foi a proprietária da Doceria Dois Amores, Erika Ramos Rossi. Ela conta que além do chocolate e leite condensado, o preço do creme de leite subiu muito. "Agora não é momento de aumento no valor dos nossos doces, só que se os preços dos derivados continuarem exorbitantes, vamos começar a reajustar os valores, mas depois de agosto", comenta.

Segundo Erika, se até lá nada baixar de preço, o reajuste terá que ser entre 5% e 10%. "Nós não podemos diminuir nossa qualidade e vamos continuar com o atendimento excelente para não perdemos os clientes", explica.

Aumento de derivados – O preço do leite condensado Itambé de 395 gramas encareceu 35% em um ano. Já a lata do Mococa, subiu 31% e o do Moça, encareceu 14,6%.O valor do creme de leite foi o que mais subiu em um ano, acumulando alta de 65% da marca LeiteBom, conforme pesquisa do Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Uniderp Anhanguera.

A manteiga da marca Aviação de 200 gramas encareceu 45% em junho, se comparado com o mesmo período do ano passado. O pote de 500 gramas da margarina Becel subiu 31,7% e a margarina Delícia ficou 25% mais cara este ano.

Alta também no valor do requeijão em Campo Grande. O pote do Poços de Caldas subiu 32%, passando de R$ 5,06 para R$ 6,68. O leite em pó também subiu e o pote de 300 gramas do Molico desnatado ficou 50% mais caro e o Nestogeno 1, da Nestlé está 31,4% mais caro.

Os preços dos iogurtes também acumulam alta em um ano. O iogurte polpa Batavo ficou 15% mais caro e de R$ 6,39 subiu para R$ 7,38. O petit suisse Batavinho encareceu 32% e de R$ 3,59 está por R$ 4,75.

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