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Economia

Compra de diesel pelos postos após a greve foi a maior nos últimos 17 anos

Entre as medidas tomadas para encerrar a paralisação, houve redução de impostos e desconto nas refinarias

Ricardo Campos Jr. | 02/08/2018 09:59
Placa com preços de combustíveis logo após a greve dos caminhoneiros. Diesel foi congelado e na prática desconto beira os R$ 0,46 (Foto: Saul Schramm/arquivo)
Placa com preços de combustíveis logo após a greve dos caminhoneiros. Diesel foi congelado e na prática desconto beira os R$ 0,46 (Foto: Saul Schramm/arquivo)

O congelamento no preço do diesel cobrado pelas refinarias após a greve dos caminhoneiros teve efeitos positivos em Mato Grosso do Sul. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) revelam que o volume desse combustível comprado pelos postos do estado em junho foi o maior dos últimos 17 anos para esse mês.

A paralisação terminou oficialmente no dia 30 de maio. No dia seguinte, a tabela da Petrobras foi modificada e o produto despencou de R$ 2,1016 para R$ 2,0316.

Na prática, o desconto total aos consumidores beirou os R$ 0,46 graças a ajuda do Governo Estadual, que reviu a pauta fiscal (valor usado como referência para a cobrança do ICMS) e ainda reduziu o imposto de 17% para 12%.

Conforme a ANP, as distribuidoras venderam 118.920 metros cúbicos de diesel aos postos em junho. Em maio, o volume tinha sido 81.979 metros cúbicos.

Embora os dados não se refiram especificamente à venda do produto aos cidadãos, acabam refletindo o comportamento dos consumidores, já que os estoques são renovados proporcionalmente à demanda.

Nesta semana, o Governo Federal anunciou que manterá o desconto no diesel até o fim do ano. As compras desse combustível pelos postos atingiu a marca de 612.947 metros cúbicos.

O gerente executivo do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), Edson Lazaroto, afirma que essa medida será benéfica para o setor, principalmente diante do momento pelo qual atravessa a economia.

“Em nosso Estado, a redução da alíquota do ICMS deu mais um fôlego tanto para a revenda como também para o consumidor. Em geral, cremos que foi muito benéfico tal procedimento”, afirmou ao Campo Grande News.

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