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Economia

Consumidor se acostuma com cartão e agrava falta de moedas no mercado

Mariana Rodrigues | 13/03/2015 17:48
Como brinde, alguns estabelecimentos oferecem lanche e até mesmo valores que vão de R$ 2 a R$ 10 pela troca. (Foto: Lucimar Couto)
Como brinde, alguns estabelecimentos oferecem lanche e até mesmo valores que vão de R$ 2 a R$ 10 pela troca. (Foto: Lucimar Couto)

Na área central de Campo Grande, a falta de moedas entre os comerciantes é clara. Com cartazes pedindo moedas em suas lojas,eles estão buscando todos os recursos para conseguir que consumidores façam a troca, e ao mesmo tempo não sejam lesados na hora de receber o troco. Como brinde, alguns estabelecimentos oferecem lanche e até mesmo valores que vão de R$ 2 a R$ 10 pela troca. Já os consumidores, que adotaram o uso frequente do cartão de crédito na hora de realizar suas compras, admitem ter conhecimento do problema, e até para evitá-lo, preferem fazer uso do cartão.

Neide Rodrigues, 58 anos, disse que não tem problemas com relação a trocos. "Eu sempre uso o cartão de crédito, até para não ter esse problema com falta de troco, não me importo com troco em balas ou chicletes, mas já para evitar isso, sempre compro com o cartão", informou.

Já em uma lanchonete localizada no na rua 14 de Julho, a falta de moedas é preocupante. Segundo a atendente Talita Alves da Silva, 23 anos, o consumidor está mais exigente, e não aceita receber troco em outra forma que não seja em dinheiro. "Sempre pedimos para nossos clientes que tragam moedas para que nós possamos trocar e ter o troco, como brinde oferecemos um salgado ou um copo de suco, mas nem isso tem surtido efeito", contou.

Para que o consumidor não se sinta lesado, Ione Rodrigues, atendente de uma farmácia  informou ainda que as vezes precisa dar desconto no valor final da compra. (Foto: Marcos Ermínio)
Para que o consumidor não se sinta lesado, Ione Rodrigues, atendente de uma farmácia informou ainda que as vezes precisa dar desconto no valor final da compra. (Foto: Marcos Ermínio)
Neide Rodrigues, disse que sempre faz suas compras com o cartão de crédito para evitar o problema da falta de troco. (Foto: Marcos Ermínio)
Neide Rodrigues, disse que sempre faz suas compras com o cartão de crédito para evitar o problema da falta de troco. (Foto: Marcos Ermínio)

Outro problema, segundo Ione Rodrigues, 21 anos, atendente de uma farmácia da área central de Campo Grande, é na hora de fechar o caixa. "Devido a falta de moedas, as vezes fechamos o caixa faltando entre R$ 10 e R$ 20, pois damos descontos por não termos moedas suficientes para dar trocos", afirmou.

Para que o consumidor não se sinta lesado, Ione informou ainda que as vezes precisa dar desconto no valor final da compra, ou até mesmo cobrar um valor menor por determinado produto.

"Geralmente pedimos para o consumidor trazer moedas até nosso estabelecimento para que possamos trocar, dependendo do valor que eles no trazem, nós damos até R$ 10 reais em cédula, mas isso não tem funcionado, então estamos recorrendo para os terminais de ônibus e tentamos trocar entre outro comerciantes aqui do Centro", informou.

Em uma banca de revistas na rua Barão do Rio Branco, a história se repete. O comerciante Isaqueu Bueno Banks, 39 anos, se pergunta todos os dias aonde estão as moedas de Campo Grande. "Já tentei trocar moedas nos bancos, mas não tive sucesso, até lá está faltando. Tive até que baixar o valor do refrigerante que anteriormente era comercializado a R$ 1,50, agora é vendido pelo valor de R$ 1, porque não tenho moeda para dar troco. Está difícil esta situação, sumiram as moedas de Campo Grande", desabafou.

Mas essa preocupação parece não atingir os consumidores que veem no cartão de crédito uma opção na hora de comprar e evitar o desconforto com a falta de troco. "Eu uso cartão e dinheiro, por isso nem percebo essa falta de moedas no mercado, mas já vi o apelo dos comerciantes pedindo moedas. Eu retenho minhas moedas em um cofrinho em casa, assim como muita gente faz", disse a estudante Kelly Oliveira, 24 anos.

Kelly falou ainda que quando compra com dinheiro ela não se importa em receber troco em doces, pois sabe que não é culpa dos comerciantes. "Sei que a culpa não é deles, então não vou brigar por causa de algumas moedas, eu aceito sem problemas".

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