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Economia

Dólar cai a R$ 5,33 após indústria frustrar projeções e mercado reagir

Em dia de atenção à economia do Brasil e dos EUA, moeda americana recua com dados fracos e incertezas

Por Gustavo Bonotto | 02/12/2025 19:15
Dólar cai a R$ 5,33 após indústria frustrar projeções e mercado reagir
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar caiu nesta terça-feira (2), após investidores avaliarem dados fracos da indústria brasileira, em um dia de atenção às expectativas de juros nos Estados Unidos, no fechamento das negociações em São Paulo, porque o mercado reagiu ao ritmo menor da economia.

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O dólar registrou queda de 0,52%, fechando a R$ 5,33 nesta terça-feira (2), após investidores analisarem dados fracos da indústria brasileira. O Ibovespa, por sua vez, subiu 1,56%, atingindo 161.092 pontos, em um dia marcado pela atenção às expectativas de juros nos Estados Unidos. A produção industrial de outubro cresceu apenas 0,1%, abaixo da previsão de 0,4%, enquanto recuou 0,5% na comparação anual. O cenário foi agravado por tensões políticas, com o adiamento da votação da LDO de 2026 e o cancelamento da sabatina de Jorge Messias para o STF, evidenciando desalinhamento entre governo e Congresso.

A moeda recuou 0,52% e terminou cotada a R$ 5,33, enquanto o Ibovespa subiu 1,56% e alcançou 161.092 pontos. O resultado mostrou que o câmbio sentiu a combinação de incertezas internas e projeções para a política monetária norte-americana.

Os agentes do mercado acompanharam a produção industrial de outubro, que cresceu 0,1% frente a setembro e ficou abaixo da previsão de 0,4%. O setor também recuou 0,5% na comparação anual e contrariou a expectativa de avanço de 0,2%. O desempenho reforçou o impacto dos juros em 15% ao ano, que encarecem o crédito e reduzem o ritmo de recuperação.

O ambiente político entrou na conta e pressionou o humor dos investidores em meio ao adiamento da votação da LDO de 2026 pela Comissão Mista de Orçamento. O cancelamento da sabatina de Jorge Messias para o STF ampliou a percepção de desalinho entre governo e Congresso. A reação indicou preocupação com o equilíbrio fiscal e com a capacidade de articulação para os próximos meses.

As falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também repercutiram entre analistas após o alerta sobre sinais mistos na economia. Ele disse que a instituição deve agir com cautela, apesar da inflação desacelerar e do mercado de trabalho perder fôlego. As declarações reforçaram dúvidas sobre o futuro do ritmo de cortes na Selic.

No exterior, os principais índices de Wall Street fecharam em alta, impulsionados por ações de tecnologia. O Dow Jones avançou 0,39%, o S&P 500 subiu 0,25% e o Nasdaq ganhou 0,59%. Os investidores aguardam novos dados de inflação, que podem influenciar os próximos movimentos do Federal Reserve.

Na Europa, as bolsas registraram desempenho misto e refletiram indicadores do bloco e notícias corporativas, enquanto as negociações sobre a guerra na Ucrânia seguem no radar. O STOXX 600 ficou estável, com leve alta de 0,04%, e Londres recuou 0,01%. Já Frankfurt e Paris oscilaram em sentidos opostos.

Nos mercados asiáticos, o dia terminou com perdas na China e pequenas altas em Hong Kong, em meio à cautela antes da definição das metas econômicas para o próximo ano. O índice SSEC (Shanghai Stock Exchange Composite Index) caiu 0,42% e o CSI300 (China Securities Index 300) recuou 0,48%, enquanto o Hang Seng subiu 0,24%.

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