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Economia

Dólar cai abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses

No mesmo cenário, o Ibovespa avançou 1,49%, aos 139.256 pontos

Por Gustavo Bonotto | 16/06/2025 18:11
Dólar cai abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Dólar fechou em queda de 1,03% nesta segunda-feira (16), cotado a R$ 5,48, menor valor desde outubro de 2024. A desvalorização da moeda foi influenciada pela expectativa das decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, além da cautela com o conflito entre Israel e Irã, que já dura quatro dias. No mesmo cenário, o Ibovespa avançou 1,49%, aos 139.256 pontos.

O mercado financeiro reagiu à tensão no Oriente Médio após a “Operação Leão Ascendente”, lançada por Israel na última sexta-feira (13), que matou parte da cúpula militar iraniana e danificou instalações nucleares. O Irã respondeu com mísseis que atingiram áreas residenciais e unidades de petróleo em território israelense. Até o momento, o confronto já deixou mais de 200 mortos no Irã e 22 em Israel, incluindo crianças.

A guerra aumentou a preocupação dos investidores sobre possíveis impactos no fornecimento global de petróleo, principalmente no Estreito de Ormuz, por onde passa um quinto da produção mundial. Na semana passada, o preço do barril chegou a subir mais de 8%, mas recuou no pregão desta segunda-feira, após o Irã afirmar que suas instalações permanecem intactas.

Além do conflito, o mercado volta as atenções para a chamada “Superquarta”, quando o BC (Banco Central do Brasil) e o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos), anunciam suas decisões sobre as taxas de juros. A expectativa é que ambos mantenham os índices atuais, mas sinalizem os próximos passos da política monetária.

No Brasil, a Selic está em 14,75% ao ano, maior patamar em quase 20 anos. Parte dos analistas acredita que o Copom (Comitê de Política Monetária) deve encerrar o ciclo de alta neste mês, mantendo a taxa nesse nível por um período prolongado. Outros, porém, projetam novo aumento para 15%.

Nos Estados Unidos, o mercado aposta na manutenção dos juros na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A previsão é de dois cortes ainda em 2025, sendo o primeiro possivelmente em setembro, caso os indicadores econômicos permitam.

O mercado também repercute os dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que subiu 0,2% em abril, acima das expectativas. O resultado afasta, por enquanto, o risco de desaceleração brusca da economia brasileira.

Outro fator que gera instabilidade é o impasse entre governo federal e Congresso em relação ao novo decreto que amplia a cobrança de impostos sobre apostas esportivas, criptoativos e investimentos isentos, como LCI e LCA. A Câmara dos Deputados deve votar ainda nesta segunda-feira um pedido de urgência para derrubar a medida.

No acumulado de junho, o dólar recua 4,07%, e no ano já registra queda de 11,23%. O Ibovespa acumula alta de 1,63% no mês e 15,78% no ano.

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