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Economia

Dólar cai e fecha em R$ 5,34 com votação da MP do IOF no Congresso

Moeda americana recua 0,12% com atenção à política fiscal do Brasil e aos sinais do Fed

Por Gustavo Bonotto | 08/10/2025 19:10
Dólar cai e fecha em R$ 5,34 com votação da MP do IOF no Congresso
Cotação da moeda estrangeira tem diversas variantes, que mudam os valores e tem seus reflexos no mercado. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O dólar caiu 0,12% nesta quarta-feira (8) e fechou a R$ 5,34, enquanto o Ibovespa subiu 0,56%, aos 142.145 pontos. A movimentação do mercado foi influenciada pela votação da Medida Provisória de nº 1.303/2025 no Congresso Nacional e pelas expectativas sobre os próximos passos do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos. O recuo da moeda ocorreu em meio à análise de novas medidas tributárias do governo brasileiro.

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O mercado financeiro brasileiro registrou variações moderadas nesta quarta-feira (8), com o dólar fechando em queda de 0,12%, cotado a R$ 5,34, e o Ibovespa subindo 0,56%, alcançando 142.145 pontos. Os movimentos foram influenciados pela votação da Medida Provisória 1.303 no Congresso e pelas expectativas sobre as decisões do Federal Reserve. A MP, que visa equilibrar as contas públicas através de ajustes tributários, foi aprovada em comissão mista por margem apertada. Nos Estados Unidos, a ata do Fed indicou preocupação com riscos ao emprego, enquanto a paralisação do governo americano, em seu oitavo dia, continua gerando incertezas no mercado global.

A MP, aprovada por 13 votos a 12 em comissão mista, substitui a alta original do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e eleva tributos para equilibrar as contas públicas. O texto, agora rejeitado, precisava passar pela Câmara e pelo Senado até o fim do dia para não perder validade. A equipe econômica calculava arrecadar cerca de R$ 17 bilhões em 2026, após concessões feitas para garantir apoio político.

O mercado avalia que o governo pode se afastar da meta fiscal, o que gera incerteza entre investidores. A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu para 48%, contra 49% de desaprovação, o melhor resultado desde janeiro. O levantamento ouviu 2.004 pessoas entre 2 e 5 de outubro, com margem de erro de dois pontos percentuais.

Nos Estados Unidos, a ata do Fed indicou aumento dos riscos para o emprego, justificando novo corte de juros. Mesmo assim, o banco central manteve cautela com a inflação, ainda acima da meta de 2%. A paralisação do governo americano, que chegou ao oitavo dia, impediu a divulgação de dados oficiais e aumentou o peso das declarações do Fed nas decisões de mercado.

O presidente Donald Trump (Republicano) afirmou que pode demitir servidores e suspender pagamentos se o impasse continuar. Cerca de 2 milhões de funcionários públicos estão sem salário. A paralisação já afeta serviços, viagens e distribuição de alimentos, além de gerar incertezas sobre o desempenho econômico do país.

Com os cortes de juros e a expectativa de retomada do governo, as bolsas de Nova York fecharam em alta. O S&P 500 subiu 0,60%, o Nasdaq avançou 1,12% e o Dow Jones ficou estável. Na Europa, os índices também reagiram positivamente, impulsionados por ganhos na França e na Espanha. Já na Ásia, as bolsas fecharam em queda, com destaque para Hong Kong, onde ações de tecnologia recuaram.

No acumulado do mês, o dólar tem alta de 0,41%, enquanto o Ibovespa registra queda de 2,80%. No ano, a moeda americana acumula baixa de 13,52% e o índice da bolsa brasileira avança 18,18%.

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