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Economia

Dólar sobe após rejeição da reforma trabalhista na CAS e queda do petróleo

Niviane Magalhães (Estadão Conteúdo) | 20/06/2017 19:12

O dólar fechou com alta de mais de 1% frente ao real nesta terça-feira, 20, após a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitar o texto principal da reforma trabalhista, demonstrando fragilidade do governo do presidente Michel Temer no Congresso Nacional. A aversão ao risco no exterior diante da queda do petróleo penalizou as moedas de países emergentes e ligadas a commodities e contribuiu para o mau humor.

O relatório da reforma trabalhista foi rejeitado por 10 votos e 9 a favor, um placar que surpreendeu o mercado. Senadores governistas trabalhavam com a expectativa de que o texto pudesse ser aprovado por placar de 11 a 8 ou com vantagem de 12 a 8, conforme o quórum da votação.

Mesmo com a rejeição na CAS, o projeto segue normalmente para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ainda assim, dúvidas permeiam as próximas votações, uma vez que o mercado estava apostando todas as fichas na reforma trabalhista, que parecia ser a mais fácil de ser aprovada, pontuou o diretor da Ativa Wealth Management, Arnaldo Curvello. "O problema é que o governo sofreu rejeição na reforma que o mercado acreditava que seria a mais fácil de ser aprovada, no local com mais propensão, o Senado, e ainda recebeu voto contra do PSDB", explicou.

Já para o sócio e gestor da Absolute Roberto Serra, a derrota em si não é ruim, mas sim uma série de coisas negativas que o mercado já vem assimilando. "As notícias negativas estão se renovando. O mercado já incorporou o pessimismo e se em algum momento existia alguma expectativa com a reforma da Previdência, já não existe mais. Em relação à trabalhista, ainda existem dúvidas", disse Serra.

Além da questão interna, o mau humor no exterior com a queda de 2% do petróleo contribuiu para o desempenho ruim das moedas emergentes. A commodity tem sido penalizada em meio a preocupações contínuas com os excedentes de oferta no mercado global.

No mercado à vista, o dólar terminou em alta de 1,29%, aos R$ 3,3320, maior valor de fechamento desde 18 de maio, dia em que os mercados reagiram à notícia de delação da JBS. O giro financeiro registrado somou US$ 715,67 milhões. Na mínima ficou em R$ 3,2957 e, na máxima, aos R$ 3,3406, o maior nível desde 19 de maio.

No mercado futuro, às 17h15, o dólar para julho avançava 1,38%, aos R$ 3,3380. O volume financeiro movimentado somava cerca de US$ 16,6 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,3040 a R$ 3,3520.

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