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Economia

Dólar termina em leve queda após alta com declaração de Guedes sobre auxílio

Altamiro Silva Junior | 08/06/2021 20:08

O dólar operou novamente sem rumo ante o real nesta terça-feira, alternando pequenas altas e baixas com os investidores reagindo pontualmente ao noticiário local e aguardando a agenda doméstica e externa pela frente. A moeda americana chegou a acelerar a alta no começo da tarde quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que "possivelmente" o auxílio emergencial será prorrogado por "dois ou três meses" e o Bolsa Família deve ser "reforçado". Na máxima do dia, foi a R$ 5,06. Já as vendas no varejo de abril, melhores que o previsto, ajudaram a estimular as vendas de dólares.

Operadores reportaram nesta terça a entrada de fluxo externo, principalmente comercial, mas após a forte queda recente da moeda americana, profissionais das mesas de câmbio comentam que o mercado precisa de um novo catalisador para firmar tendência mais clara.

Após cair a R$ 5,02 na mínima da sessão, o dólar fechou a terça-feira em leve queda de 0,05%, a R$ 5,0345. No mercado futuro, o dólar para julho cedia 0,19%, a R$ 5,0495 às 17h44.

Para o diretor de Tesouraria do MS Bank, Bruno Perottoni, a liquidez global segue muito alta, o que contribui para o dólar se enfraquecer no mercado internacional, ajudando as moedas de emergentes. No Brasil, a balança comercial, por conta da sazonalidade, ganha fôlego com a venda da safra agrícola. O cenário de alta de juros pelo Banco Central também ajuda a estancar a saída de dólares, ressalta. Se o cenário seguir positivo e sem notícias negativas de Brasília, o real pode ter algum fôlego a mais de valorização, buscando os R$ 5,00 ou até abaixo desse valor, avalia o diretor.

No final da tarde, Guedes disse que o Brasil está "surpreendendo positivamente em termos de retomada da economia" e ainda avança na vacinação em massa da população. Após a disparada do dólar ante o real (overshooting), batendo em R$ 5,75 em meados de abril, o ministro avalia que "provavelmente" a divisa dos EUA "não vai subir tanto assim novamente". Além disso, Guedes reforçou a visão de que as reformas - administrativa e tributária - vão de fato andar nos próximos dias.

O operador da Commcor, Cleber Alessie, destaca que as vendas do varejo animaram, na medida em que reforçam a visão de atividade mais forte no segundo trimestre. Ao mesmo tempo, trouxe um pouco de pressão as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O dirigente voltou a avaliar a alta da inflação como transitória, reforçando a visão de ajuste parcial na alta da taxa básica de juros, a Selic. As vendas no varejo restrito cresceram 1,80% em abril ante março, com ajuste sazonal

Nesse ambiente, cresceu a expectativa pela divulgação na quarta-feira do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, ressalta Alessie. Ele vê volatilidade apenas se o indicador vier muito acima do esperado. Analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast apontam que o índice deve subir 0,71% em maio e chegar a 7,92% em 12 meses.

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