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Economia

Duas maiores lojas de produtos pet de Campo Grande tem fusão aprovada pelo Cade

Em Campo Grande, são 2 unidades da Petz na Afonso Pena e uma da Cobasi que chegou há menos tempo

Por Ângela Kempfer | 10/12/2025 14:05
Duas maiores lojas de produtos pet de Campo Grande tem fusão aprovada pelo Cade
Lojas da Petz e da Cobasi na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (Foto: Arquivo)

As duas maiores redes de produtos e serviços pet em atuação em Campo Grande (MS) e no Brasil, Petz e Cobasi, receberam sinal verde do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para se fundirem e criar o maior conglomerado do setor no País. Ou seja, a concorrência por aqui vai diminuir. A decisão, publicada nesta quarta-feira, exige que as companhias vendam entre 20 e 30 lojas em São Paulo para evitar concentração excessiva na praça mais disputada do país.

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A fusão entre as duas maiores redes de produtos e serviços pet do Brasil, Petz e Cobasi, foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como condição, as empresas deverão vender 26 lojas em São Paulo, representando 3,3% do faturamento dos últimos 12 meses. A nova companhia terá 515 unidades em todo o país, com receita bruta anual superior a R$ 7 bilhões. Os acionistas da Petz deterão 52,6% do negócio, enquanto os da Cobasi ficarão com 47,4%. A fusão gerou debates sobre concentração no varejo pet, mas as empresas argumentam que o mercado inclui players digitais e outros formatos de varejo.

Segundo documentos enviados pelas empresas ao mercado, o acordo fechado com o Cade prevê a venda de 26 lojas paulistas, equivalentes a apenas 3,3% do faturamento dos últimos 12 meses da empresa resultante. Somadas, Petz e Cobasi contam hoje com 515 unidades em todo o país, a primeira com 264 lojas e a segunda com 251.

Em Campo Grande, são 2 unidades da Petz na Afonso Pena e uma da Cobasi na mesma avenida, na esquina com a Rua Bahia.

O aval do Cade veio acompanhado de restrições. O relator do caso, conselheiro José Levi, afirmou que concentrar a venda das unidades em um único estado permite “reforço competitivo na praça de maiores preocupações”. A conselheira Camila Alves votou contra o modelo apresentado por considerar insuficiente o pacote de lojas oferecidas como contrapartida, ao afirmar que “há mercados que permanecem problemáticos”. Também foram impostas regras comportamentais, como limites a contratos de exclusividade.

No desenho final, os acionistas da Petz ficarão com 52,6% da nova companhia, além de R$ 400 milhões em repasses financeiros, enquanto os da Cobasi terão 47,4%. A empresa combinada deve ultrapassar R$ 7 bilhões em receita bruta anual e espera economizar até R$ 330 milhões com sinergias operacionais. No pregão desta quarta-feira, as ações da Petz subiram mais de 5%.

O movimento reacende o debate sobre concentração no varejo pet. A advogada da Petlove, Bárbara Rosenberg, afirmou ao jornal Folha de São Paulo que Petz e Cobasi “são as únicas duas grandes redes integradas com escala, poder de compra e estratégia unicanal”, o que criaria um cenário de duopólio e reduziria a rivalidade. As empresas negam. Para elas, o mercado precisa considerar players digitais e a competição com supermercados, agrolojas e plataformas como Mercado Livre e Shopee.

Segundo a Petz, a tese de duopólio “ignora a força dos demais formatos e canais online”. Já a Cobasi argumenta que o propósito da fusão é “reduzir custos por meio de economias e eficiências”.