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Economia

Economista defende reformas do Governo Federal em sabatina da Fiems

Nyelder Rodrigues e Osvaldo Júnior | 16/05/2017 22:51
Ricardo Amorim participou de mesa redonda ao lado do presidente da Fiems, Sérgio Longen (Foto: Divulgação)
Ricardo Amorim participou de mesa redonda ao lado do presidente da Fiems, Sérgio Longen (Foto: Divulgação)

A Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) realizou uma mesa redonda na noite desta terça-feira (16) na Casa da Indústria com a participação do economista Ricardo Amorim, conhecido por participar do programa do canal Globo News, Manhattan Connection.

Ricardo participou por cerca de duas horas da sabatina com o presidente da Fiems, Sérgio Longen, e jornalistas convidados. Ele respondeu a diversas questões, como as reformas propostas pelo Governo Federal e o cenário econômico.

Formado pela USP (Universidade de São Paulo) e pós-graduado em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC (Escola Superior das Ciências Econômicas e Comerciais, em português) de Paris, Amorim saiu em defesa das reformas.

"Essas reformas são importantes, principalmente a previdenciária e a que impõe um teto aos gastos públicos. Elas devem trazer equilíbrio às contas do Governo, reduzindo custos", frisa o sabatinado, que também falou sobre a reforma trabalhista.

Para ele, haverá daqui em diante uma mudança de concepção à prestação de serviço. "Deixa de existir o emprego e passa a existir o trabalho. Com a reforma o trabalhador fica mais livre para oferecer sua mão de obra e não fica mais amarrado àquele emprego", comenta Amorim sobre os benefícios das mudanças já aprovadas pelo Congresso.

O economista também destacou a importante contribuição do agronegócio, principal pilar da economia sul-mato-grossense, para o crescimento do país e seu peso na formação do PIB (Produto Interno Bruto).

Economista se posicionou a favor das reformas de Temer e do fim da contribuição sindical (Foto: Divulgação)
Economista se posicionou a favor das reformas de Temer e do fim da contribuição sindical (Foto: Divulgação)

Cenário atual - Ricardo Amorim também fez uma avaliação sob a ótica da economia do primeiro ano de Michel Temer (PMDB) como presidente. "O Brasil está melhor, mas ainda está muito longe de estar bom", frisa durante a sabatina.

Para explicar a melhora avaliada, ele usou indicadores, como a inflação mais controlada que fará o país conseguir fechar o ano abaixo da meta do Banco Central, em 4,5%. Além disso ele, ainda frisa que houve recuperação do emprego formal. "Não foi muito acentuada, mas aquele ritmo recente desacelerou e o desemprego não está tão forte mais".

Quanto à corrupção, ele reforçou acreditar que o custo é "altíssimo" para o país e que mudanças para fiscalizar e punir os que fazem tal prática deveria ser considerada também neste ciclo de reformas.

Já o presidente da Fiems, Sérgio Longen, lamentou que haja generalização que coloca em risco incentivos fiscais. "São importantes [os incentivos]. Não pode generalizar e dizer que todos são resultado de propina", destaca.

Jornalistas fizeram sabatina, acompanhada por plateia (Foto: Divulgação)
Jornalistas fizeram sabatina, acompanhada por plateia (Foto: Divulgação)

Eleições e sindicatos - Questionados sobre o fim da contribuição sindical, Longen e Amorim se posicionaram a favor da cobrança não ser mais obrigatória, tanto nas instituições que representam os trabalhadores, como as com ligação patronal.

Sobre as eleições presidenciais de 2018, Ricardo Amorim disse crer que nenhum político tradicional, como Lula (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (Rede), devem se eleger, apostando então em um novo novo, fora do atual círculo.

Entre os apontados pelo economista, está o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Se as reformas surtirem o efeito que o Governo espera, ele se fortalece. O João Dória [PSDB, prefeiro de São Paulo] também pode surpreender", afirma.

Já ao falar do "efeito Trump" - termo em referência ao presidente estado-unidense Donald Trump, surpreendentemente eleito, apesar da postura agressiva adotada - Amorim citou exemplos no Brasil como o deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PSC), e o empresário e apresentador de programas televisivos Roberto Justus.

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