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Economia

Em MS, 12 mil famílias deixaram de receber dinheiro de programa social

Dado foi divulgado pelo IBGE, que também revelou aumento da desigualdade social no Estado

Osvaldo Júnior | 11/04/2018 15:30
Em MS, 8,5% das famílias recebem recurso de programa (Foto: Arquivo)
Em MS, 8,5% das famílias recebem recurso de programa (Foto: Arquivo)

Menos famílias com acesso a programa social e maior desigualdade de renda. Essas são algumas mudanças em Mato Grosso do Sul no intervalo de um ano, de acordo com a PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta quarta-feira (dia 11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados da PNAD mostram que, em 2017, 76.639 domicílios receberam recurso referente ao PBF (Programa Bolsa Família) em Mato Grosso do Sul. Esse número é 13,84% inferior ao do ano anterior, quando 88.959 domicílios tinham acesso ao benefício. Em termos absolutos, famílias deixaram de receber dinheiro do Bolsa Família.

O número de domicílios que contaram com recurso do PBF em 2016 correspondia a 10% do total de famílias no Estado, de 890.166. No ano seguinte, essa equivalência recuou para 8,5% (901.530 domicílios no total).

A queda na quantidade de pessoas beneficiadas pelo programa social poderia ser um indicador positivo caso resultasse de ascensão socioeconômica. No entanto, outros dados da pesquisa mostram crescimento da desigualdade de rendimento.

O rendimento médio mensal de famílias com beneficiários do PBF diminuiu 8,8%, de R$ 443 em 2016 para R$ 404 em 2017. Os que não recebiam o dinheiro da Bolsa tiveram redução de renda de 4,8%, de R$ 1.494 para R$ 1.421. Em 2016, o valor recebido pelos beneficiários do programa equivalia a 29,65% da renda do segundo grupo. Em 2017, essa paridade caiu para 28,43%.

Favela em Campo Grande; entre os que recebem Bolsa Família, é muito maior o percentual sem acesso a rede de esgoto (Foto: André Bittar/Arquivo)
Favela em Campo Grande; entre os que recebem Bolsa Família, é muito maior o percentual sem acesso a rede de esgoto (Foto: André Bittar/Arquivo)

Serviços – As diferenças de rendimentos são acompanhadas de outras disparidades entre os dois grupos familiares, como, por exemplo, o acesso a serviços básicos.

No ano passado, dos domicílios que recebiam o Bolsa Família, 13,8% não tinham acesso à rede de água. No outro grupo, essa parcela era de 12%. Em se tratando de lixo, os que não contavam o serviço eram, respectivamente, de 11,2% e de 8,4%.

A falta de cobertura é mais acentuada no que se refere a esgotamento sanitário. Em 2017, dos domicílios sul-mato-grossenses com Bolsa Família, 72,6% estavam fora da cobertura da rede de esgoto. Entre os que não recebiam recurso do programa, 57,3% não contavam com o serviço.

Em MS, 12 mil famílias deixaram de receber dinheiro de programa social
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