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Economia

Em recuperação judicial, empresa promete pagar funcionários e honrar clientes

Sindicato diz que sentiu “boa vontade” da Eletrosom e se reúne em assembleia hoje para deliberar acordo

Lucia Morel | 12/07/2022 16:12
Loja da Eletrosom fechada em junho do ano passado em Campo Grande, durante a pandemia. (Foto: Henrique Kawaminami)
Loja da Eletrosom fechada em junho do ano passado em Campo Grande, durante a pandemia. (Foto: Henrique Kawaminami)

Em recuperação judicial desde 2015, a Rede Eletrosom – que encerrou as atividades das nove lojas que mantinha em Mato Grosso do Sul e de outras duas em São Paulo – promete pagar os 120 funcionários diretos e indiretos e também entregar produtos ou fazer a devolução de dinheiro aos clientes lesados.

A rede chegou em MS em 2017, mesmo tendo pedido na Justiça de Minas Gerais, onde está sediada, dois anos antes. Segundo o advogado da empresa, Wendell Faria, que está em Campo Grande para conversar com sindicato e federação de empregados do comércio, para poder pagar as dívidas que foram renegociadas, era preciso vender mais e por isso a aposta foi na abertura de lojas.

“Para vender mais era preciso estar em mais locais e sem lojas você não consegue fazer isso, não consegue sobreviver, mas ninguém esperava a pandemia, que ainda tem reflexos em 2022, uma crise e tem ainda a guerra (na Ucrânia)”, ponderou.

Ele explicou que todo setor varejista tem apresentado números negativos no Brasil e que infelizmente a Eletrosom teve que fechar unidades, “mas ainda temos 208 em Goiás e Minas Gerais”, pontuou, tentando tranquilizar funcionários e clientes de que a empresa cumprirá o pagamento dos demitidos e a entrega de mercadorias.

“Viemos até aqui, a Campo Grande, para prestar informações e tranquilizar a todos, porque tiveram boatos de que não íamos arcar com as obrigações, mas viemos dizer que não vamos deixar ninguém na mão e vamos pagar todos os direitos dos trabalhadores”, sustentou Farias.

Para o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande, Carlos dos Santos, afirma que o acordo proposto pela empresa será votado esta noite pelos trabalhadores demitidos e que a proposta da Eletrosom é fazer os pagamentos de forma parcelada.

“A tentativa será de que haja acordo, porque se forçarmos algo judicialmente, aí que podem não receber nunca”, disse, reforçando que sentiu “boa vontade” da empresa em sentar e conversar. “Eles se comprometeram a arcar com todos os direitos”, assinala.

Números – inicialmente falou-se em 200 funcionários demitidos, mas conforme o advogado, são apenas 75, sendo 29 em Campo Grande, mas não são contabilizados os indiretos. A informação de 120 diretos e indiretos é do sindicato. Há ainda empregados que decidiram ser remanejados para lojas da Eletrosom em outros estados.

Na Justiça de Mato Grosso do Sul, diversos clientes cobram por mercadorias não entregues ou por devolução de valores pagos, mas sem que tenha havido entrega de produtos.

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