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Economia

Exportações em junho batem recorde histórico e meta para 2011 deve ser ampliada

Stênio Ribeiro, da Agência Brasil | 01/07/2011 19:17

O bom desempenho das exportações brasileiras, que cresceram 31,6% no primeiro semestre (sobre igual período do ano passado), em especial por causa do resultado mais robusto dois dois últimos meses, pode determinar mais uma correção, para cima, das expectativas de vendas externas em 2011, atualmente estimadas em US$ 231 bilhões.

Tendência nesse sentido foi manifestada hoje (1º) pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, ao analisar os números da balança comercial no mês de junho e no acumulado do primeiro semestre, quando as exportações superaram o aumento de 28,5% das importações. Não mencionou, porém, quando a correção deve acontecer.

No mês de junho, a performance do comércio externo foi ainda melhor. As vendas externas, no valor de US$ 23,692 bilhões, foram as mais altas da história, com aumento de 38,6% em relação a junho de 2010 e de 2,08% sobre o resultado de maio.

As importações, no total de US$ 19,262 bilhões, cresceram 29,9% sobre junho do ano passado e caíram 2,14% em relação a maio, que teve um dia útil a mais que junho (22 e 21, respectivamente).

Em decorrência do bom desempenho comercial, o saldo da balança comercial foi US$ 4,43 bilhões em junho, o melhor superávit mensal do ano. Aumentou 95,4% na comparação com junho de 2010 e 31,6% em relação a maio, que contabilizara o melhor saldo mensal de 2011 até agora, no valor de US$ 3,527 bilhões. No ano, o saldo comercial soma US$ 12,985 bilhões, ou 64,7% a mais que os US$ 7,886 bilhões obtidos em igual período do ano passado.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, “o bom momento” do Brasil no comércio internacional é resultado do crescimento recorde de vendas nas três categorias de produtos. Os embarques de produtos básicos (minério de ferro, café em grão, petróleo em bruto, soja em grão e carnes, dentre outros) cresceram 44% no semestre; os semimanufaturados de ouro e ferro, soja, açúcar, couros e peles, principalmente, aumentaram 29,7%; enquanto as exportações de industrializados (óleos combustíveis, polímeros plásticos, veículos e outros) cresceram 19,1%.

Ela ressaltou que nos 124 dias úteis de janeiro a junho houve aumento das exportações brasileiras para todos os principais blocos econômicos, com destaque para os US$ 33,909 bilhões vendidos para a Ásia, contra US$ 24,386 bilhões no primeiro semestre de 2010, crescimento de 37,9%. A China responde por US$ 20 bilhões das compras asiáticas dos produtos brasileiros, com ampliação de 47,6% em relação a igual período ano passado. Os chineses compraram 16,9% de todas as exportações brasileiras, contra 15,1% no mesmo período de 2010.

A América Latina e o Caribe compraram 24% a mais de produtos brasileiros no semestre, no total de US$ 26,661 bilhões; e os países da União Europeia importaram 31,4% a mais, no valor de 25,546 bilhões, além de ampliações em menor volume para a África (37,3%), Europa Oriental (39,2%) e Oriente Médio (23,7%). Por países, os maiores compradores, depois da China, foram os Estados Unidos (US$ 11,753 bilhões, ou 29,4% a mais na comparação semestral) e a Argentina (US$ 10,439 bilhões, ou 32,6% mais).

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