Feira de franquias é roda de negócios de R$ 150 mil a mais de R$ 1 milhão

A Feira de Franquias aberta hoje pelo Shopping Bosque dos Ipês na verdade é uma roda de negócios que pode significar investimento inicial de mais de R$ 1 milhão. As alternativas também têm valores bem mais modestos, mas de pelo menos R$ 150 mil só de partida.

No escritório do empreendimento, na saída para Cuiabá, grupos que representam diferentes franquias levaram apenas material impresso para apresentar os produtos aos interessados. É possível fechar o negócio ali mesmo, inclusive com a compra do espaço no Shopping.

Em cada mesa colocada para atender ao público, mais de 20 possibilidades em diversos setores são expostas, de moda a alimentação.

Todos tiveram cuidado de apresentar franquias ainda inéditas em Campo Grande. As de menor valor estão nos setores de estética e moda, como a loja “Casa das Calcinhas” por R$ 160 mil e a “Spa da Pele”, por R$ 150 mil.

Neste valor já estão taxa de franquia, capital de giro e investimento mínimo. Há casos de royalties já inclusos ou em percentuais bastante variáveis.

Uma franquia de móveis, por exemplo, tem custo de R$ 355 mil, mas o repasse de royalties ao grupo Di Santinni Design é de 17%.

No extremo das mais caras, aparece um segmento que ainda não tem qualquer representante dentro dos shoppings da cidade. A Fórmula Academia, empresa do grupo Body Tech, o maior no setor de Fitness do mercado brasileiro, tem custo de R$ 1 milhão.

Há empresas há mais de 35 anos no mercado, como a grife de moda Triton, com investimento de R$ 950 mil, e algumas novidades, como Coca-Cola Clothing, de roupas jovens e urbanas com franquia ao mesmo custo.

A marca do estilista Tufi Duek, hoje presente nos shoppings mais sofisticados de São Paulo também exige investimento de R$ 950 mil, mas promete faturamento mensal de R$ 120 e retorno em 24 meses.

Além disso, ainda há os valores cobrados para a instalação no novo empreendimento, que será entregue aos lojistas em novembro deste ano e inaugurado em abril de 2013. O metro quadrado dentro do novo shopping custa 2,2 mil reais.

Depois de comprar o ponto, ainda há o custo mensal de 120 reais por metro quadrado, além de condomínio (que ainda não teve valor definido) e taxa do Fundo de Promoção.

São tantas novidades que a conversa pode ser longa, principalmente porque a maioria dos interessados chega sem informações básicas. “Muitos não sabem o que querem. A dica é que primeiro se pergunte: O que gosto de fazer? O que eu não gosto? Depois sim o investidor tem de escolher em qual segmento quer entrar”, ensina a consultora do Franchise Store, Glauce Pascoal.

Em eventos como o de hoje, é possível confirmar que, ao contrário do que muitos pensam, o Bosque dos Ipês não será apenas para a classe A. O empreendimento é mais democrático e aceita franquias menos glamorosas, como óticas mais populares e redes de acessórios femininos.

O rendimento é menor de quem tem a sorte de fazer vingar um negócio próprio, mas o contrato de franquia estabelece tudo, da área mínima exigida para a loja, ao número de funcionários, começando pelo treinamento.

Hoje, na praça da alimentação do Bosque dos Ipês há apenas duas vagas para novos empreendedores. Mesmo assim, muitas sugestões são de franquias no setor de alimentação.

A diretora comercial da Calila Participações, Ília Freitas Alencar, explica que a ideia da feira não é só atrair investidores para o empreendimento, mas movimentar a cidade. “Somos democráticos até nisso. Queremos colaborar com Campo Grande. A pessoa pode vir aqui, encontrar algo interessante e investir em outra região da cidade”.

Os administradores do empreendimento garantem que não há preocupação com o comércio de espaços, porque 80% já foram vendidos.

A Feira de Franquias segue hoje até às 19 horas.