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Economia

Ferrovia entre Capital e Corumbá é ponto crítico em MS, segundo CNI

Luciana Brazil | 29/10/2013 12:34
Ferrovias de Três Lagoas. Ferrovias e portos receberão os principais investimentos. (Foto: João Garrigó)
Ferrovias de Três Lagoas. Ferrovias e portos receberão os principais investimentos. (Foto: João Garrigó)

O estudo Centro-Oeste Competitivo divulgado hoje (29) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que oferece subsídios aos governos Estaduais para planejar e modernizar a infraestrutura do transporte, aponta a malha viária no trecho entre Corumbá e Campo Grande, como o caso mais crítico entre as ferrovias do Centro-Oeste.

Segundo as projeções, até 2020 o aumento no fluxo de cargas terá superado em mais de 700% a capacidade diária de carga da ferrovia ALL (América Latina Logística) Malha Oeste, caso nada seja feito.

Além da ferrovia, o estudo apontou também rodovias e portos, em outras regiões do Centro-Oeste, como gargalos críticos. Esses pontos agravarão ainda mais os problemas de escoação da produção se não houver investimentos para agilizar o escoamento ágil.

Identificando os recursos necessários que ajudariam a reduzir o custo logístico do país, a CNI e a CNA contribuem com o Governo no planejamento da infraestrutura logística a médio e longo prazo.

Essa é a quarta edição dos estudos regionais que oferecem subsídios para otimizar os recursos e reduzir os custos de transporte do Brasil. Nos quatro estudos – Norte (julho 2011), Sul (agosto 2012) e Nordeste (outubro 2012) e agora Centro-Oeste - foram identificadas 205 obras prioritárias,que envolvem investimentos de R$ 55 bilhões até 2020.

Segundo o estudo, a região Centro-Oeste precisa de R$ 36,4 bilhões em investimentos até 2020 para garantir escoamento ágil e eficiente da produção. Esse é o valor necessário para executar 106 projetos prioritários para ampliar a modernizar a infraestrutura de transportes do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Conforme o estudo, o setor produtivo da região (indústria, agricultura e atividades extrativas) gasta R$ 31,6 bilhões por ano com o transporte de cargas, o equivalente a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Centro-Oeste.

Com a execução dos projetos prioritários para a construção de uma malha logística eficiente, haveria uma economia anual de R$ 7,2 bilhões no escoamento da produção, considerando-se o volume de cargas projetado para 2020.
Quase metade dos grãos produzidos no Brasil vem da região Centro-Oeste.

Ainda conforme o estudo, apenas 19 das 106 obras prioritárias estão em andamento. O valor equivale a 16,4% dos investimentos necessários na região. Outras 70 obras já estão em fase de projeto ou apenas nos planos do poder público.

“Essas 106 obras, quando concluídas, formarão 10 eixos logísticos integrados. Cada eixo é composto por dois ou mais modais de transporte complementares que garantirão o escoamento eficiente da produção, da porta da fábrica ao embarque no porto”, descreve o texto da CNI.

Apesar de agregar rodovias, os principais investimentos deverão ser destinados a ferrovias e portos, segundo recomendação do estudo.

O transporte ferroviário demandará R$ 17,5 bilhões – 24,5% dos investimentos prioritários – para execução de 26 projetos. A estrutura portuária exigirá R$ 8,4 bilhões para tirar 24 projetos do papel nos próximos anos. O maior número de projetos considerados urgentes, porém, está no modal hidroviário. O transporte fluvial necessitará de R$ 6,7 bilhões em investimentos em 34 obras essenciais para melhorar o sistema logístico da região.

MS -  O governador André Pucinelli (PMDB) participa da solenidade de apresentação do “Projeto Centro-Oeste Competitivo”, em Brasília. O evento foi realizado às 10h30, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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