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Economia

Franquias crescem 19% no Estado e tornam-se bons negócios na crise

Ricardo Campos Jr. | 23/07/2016 08:05
Empresário de Campo Grande tem três Subway na cidade e está prestes a inaugurar a quarta (Foto: Marina Pacheco)
Empresário de Campo Grande tem três Subway na cidade e está prestes a inaugurar a quarta (Foto: Marina Pacheco)
Para empresário, suporte da marca é vantagem da franquia (Foto: Marina Pacheco)
Para empresário, suporte da marca é vantagem da franquia (Foto: Marina Pacheco)

O número de estabelecimentos ligados a franquias em Mato Grosso do Sul aumentou 19,3% entre 2014 e 2015, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising). O ramo teve faturamento de R$ 621 milhões no Estado. Somente ano passado foram abertas 291 unidades e algumas delas pertencem ao engenheiro agrônomo Álvaro Pereira Mesquita, que trocou a pecuária pelo comércio e há seis anos investe nesse tipo de negócio.

Dono de três quiosques da Mr. Pretzels, três lanchonetes Subway e prestes a abrir a quarta loja da rede de sanduíches, ele considera o franchising uma ótima opção pelo suporte oferecido pelas marcas, que já são reconhecidas no mercado.

“É um modelo que está pronto. Eles [franqueadores] têm todo um know how, você não precisa inventar nada. Eles já te entregam o produto, é só você administrar, contratar os funcionários. Eles dão suporte em todos os aspectos, tanto em mercadoria como em treinamentos”, afirma.

Mesquita tentou montar unidades de outras marcas na cidade, mas não conseguiu por não atender aos perfis exigidos pelas empresas. Segundo ele, o caminho para começar a mexer com franquias não é fácil. As matrizes têm rigorosos processos de seleção.

A solução veio por parte de um amigo que era dono da Mr. Pretzels do Shopping Campo Grande. Ele foi convidado pela franqueadora a montar um quiosque no Shopping Norte-Sul na época em que a galeria abriu. Começou como sócio e depois tornou-se o único dono.

Já a ideia de investir também na rede de sanduíches veio quando o empresário começou a observar o crescimento dela na cidade. Ele observou que a região da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) era carente de opções de alimentação e encontrou um ponto que fica bem em frente ao campus. Hoje a loja funciona 24 horas.

Rede de sanduíches teve várias unidades abertas recentemente em Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)
Rede de sanduíches teve várias unidades abertas recentemente em Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)

Vestuário – Enquanto Mesquita investe na área de alimentação, o DJ Daniel Puliti Simioli, 35 anos, abriu uma loja da Cavalera na cidade. “A minha vida foi sempre a música, noite, festa. Sempre quis trabalhar em algo que eu pudesse usar a minha networking. Foi quando eu pensei em trabalhar com moda, sempre foi uma paixão minha”, conta.

Cliente da marca internacional, teve ajuda do Sebrae na hora de montar, de fato, o negócio. Hoje ele anima os eventos somente aos fins de semana como hobby. “Foi desafiador, mas ao mesmo tempo está sendo muito gratificante”.

Simioli ressalta as vantagens do franchising. “Tem um suporte maior do que abrir uma loja própria, que tem que sair, ir atrás dos fornecedores, fazer um pedido fora das suas compras programadas. Você tem uma liberdade maior para trabalhar com as marcas que você quer, mas na franquia a própria marca te dá um suporte que você não encontra no mercado”, pontua.

Vantagens - Para a ABF, a variação positiva na abertura de novos negócios superou a média brasileira, cujo acréscimo foi de 10,1%. Isso mostra que Mato Grosso do Sul tem chamado a atenção de empresários interessados em investir nesse tipo de segmento.

Para a diretora regional da ABF no Centro-Oeste, Cláudia Vobeto, o franchising é um excelente negócio principalmente em épocas de crise, onde o erro na hora de investir em uma empresa pode custar caro.

“A gente vem apresentando um cenário positivo desde o início do ano, tivemos um crescimento, acreditamos que vamos continuar crescendo. O franchising é uma boa forma de empreender com boa segurança. Nessa época de crise há muita gente buscando emprego. Ao invés da pessoa abrir seu próprio negócio sem respaldo, ele busca uma franquia que já vai dar a ele todo o suporte necessário para ele começar”, explica.

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