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Economia

Frutas sobem acima da inflação e só "malabarismo" para economizar

Bruno Chaves | 04/09/2013 10:20
Frutas mais consumidas pelo campo-grandense tiveram alta nos preços (Foto: Cleber Gellio)
Frutas mais consumidas pelo campo-grandense tiveram alta nos preços (Foto: Cleber Gellio)

A inflação já foi o pesadelo de muita gente na década de 1990. Muitos brasileiros perdiam o sono com os preços dos alimentos, que mudavam da noite para o dia e registravam valores exorbitantes. Os anos se passaram e a inflação se estabilizou. No entanto, o sobe e desce dos preços ainda é motivo de reclamação para os campo-grandenses, que querem manter a qualidade de vida, a alimentação balanceada e se livrarem do status da "capital mais gorda" do Brasil.

As frutas, presentes no cardápio da maioria da população, é uma dos tipos de alimentos que sofre, com frequência, com as altas e baixas dos preços. Dados do IPC (Índice de Preços ao Consumidor Campo-Grandense), que busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços.

De acordo com o IPC, a manga e a melancia apresentaram elevação significativa nos preços. O quilo da manga tommy era encontrada por R$ 5,58 em agosto deste ano. Em 2012, a mesma quantidade saia por R$ 4,36. Uma elevação de 27,98%. O produto teve majoração no custo quase cinco vezes a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que ficou em 5,13%, considerando-se o acumulado até julho deste ano.

Outra fruta que registrou aumento foi a uva rubi, segundo o IPC, que teve alta de 13,9% nos ultimos 12 meses. Em agosto do ano passado, o consumidor pagou R$ 7,04 pelo produto, enquanto desembolsou R$ 7,99 pela mesma quantidade no mês passado.

Já o preço da melancia subiu de R$ 1,12 para R$ 1,24, na comparação julho 2012/julho 2013 – alta de 10%. Em agosto dos dois anos, o valor pago no quilo da fruta se manteve estável: R$ 1,21. Na comparação agosto de 2012/agosto de 2013, o preço da maça teve elevação de 1,5%, de R$ 4,49 para R$ 4,56.

Para escapar da instabilidade dos preços, a pedagoga Izaura Maciel, 63 anos, diz que só compra fruta da estação. “Cada fruta tem sua época. Então tem que comprar quando a laranja, a banana e a maçã e quando estão na época. Mas tem que pesquisar e ver o que é melhor”, conta. Ela ainda diz que é necessário ver a questão preço/qualidade, pois, às vezes, a fruta está em promoção, mas está próxima de ficar imprópria para consumo.

“A gente sabe que a inflação sobe e tudo acompanha. Com isso, os prejudicados somos nós, consumidores. Ninguém vai deixar de comprar as frutas, mas procuramos pelo menor preço”, diz o aposentado Paulo de Souza, de 86 anos, que costuma inserir na dieta as frutas mais consumidas pelo brasileiro, maça, banana, laranja e pêra.

Para aposentado, mesmo com alta nos preços, as frutas continuarão no cardápio das pessoas (Foto: Cleber Gellio)
Para aposentado, mesmo com alta nos preços, as frutas continuarão no cardápio das pessoas (Foto: Cleber Gellio)
O sobe e desce dos preços ainda é motivo de reclamação para os campo-grandenses (Foto: Cleber Gellio)
O sobe e desce dos preços ainda é motivo de reclamação para os campo-grandenses (Foto: Cleber Gellio)

“Os preços sobem mesmo, assim como tudo vai subindo”, confirma o gerente administrativo rural, Sídio Camargo, 54 anos, que costuma comprar frutas em uma quitanda da cidade duas vezes por semana.

Na comparação agosto de 2012/agosto de 2013, as frutas que não tiveram aumento foram banana nanica (R$ 2,22/R$ 2,04) e laranja pera (R$1,42/R$ 1,39). As demais frutas citadas na matéria, assim como o limão thaiti (R$ 2,93/R$4,75), tiveram aumentos expressivos na comparação mensal de um ano a outro.

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