Preço do gás de cozinha deve sofrer reajuste de até 5% na Capital a partir de segunda-feira
Custo a ser repassado ao consumidor, do aumento aplicado pelas distribuidoras, será definido em reunião amanhã
O consumidor da Capital deve iniciar a próxima semana já com um aumento no preço do gás de cozinha (botijão de 13 kg). O reajuste, da ordem de 5% sobre o valor atualmente praticado em Campo Grande, será definido amanhã (10), em uma nova reunião entre representantes das distribuidoras, revendedores da Capital e consumidores. Se aprovado, o preço do botijão pode variar de R$ 47 a R$ 52, de acordo com a região e a bandeira do revendedor.
Atualmente, segundo a empresária Neuza Leal, proprietária de uma revendedora na Capital, o botijão de 13 kg custa ao consumidor campo-grandense entre R$ 46 a R$ 49,50. "Os 5% que devem ser aplicados aqui (em Campo Grande) é bem menos do que foi aplicado em São Paulo", ressalta ela. Na capital paulista, o aumento do gás de cozinha chegou a 10%, diz a empresária.
No último sábado (3), revendedores, consumidores e distribuidores já haviam se reunido em Campo Grande para avaliar o repasse ao consumidor do aumento aplicado pelas distribuidoras no preço do gás (GLP). Neste primeiro encontro, que contou com a presença de aproximadamente 60 pessoas, pouco ficou definido quanto ao aumento. "Por isso estamos realizando uma nova reunião", ressalta Neuza.
Para os revendedores, o gás já está mais caro desde o início do mês. As distribuidoras aplicaram um reajuste no produto que variou de R$ 1,50 a R$ 2,00. O que não estava definido era o repasse ao consumidor.
Brigada contra a adulteração - Além do aumento no preço do botijão, os revendedores querem aproveitar o encontro deste sábado (10) para discutir também as denúncias de adulteração no produto.
Segundo Neuza Leal, os revendedores estão dispostos a criar grupos para acompanhar as denúncias e encaminhá-las aos órgãos competentes. "Não temos poder de fiscalização. O que podemos fazer é ficar atentos e levar às denúncias a quem puder averiguar", diz ela.
A proposta é dividir Campo Grande em 4 regiões, as quais terão grupos de revendedores responsáveis por acompanhar as denúncias de adulteração e de revendedoras ilegais. As denúncias já recebidas por algumas revendedoras é que o gás de cozinha estaria sendo misturado com água, para manter o peso do botijão mas com menor quantidade do produto. As queixas teriam sido feitas por consumidores que desconfiaram do menor tempo de duração do gás utilizado em casa.