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Economia

Governo busca empresa alemã para investir em logística no aeroporto

Osvaldo Júnior | 14/12/2017 17:33
Governador Reinaldo Azambuja se reúne com representantes da empresa e com outras autoridades (Foto: Divulgação)
Governador Reinaldo Azambuja se reúne com representantes da empresa e com outras autoridades (Foto: Divulgação)

Campo Grande pode se tornar um centro de logística de cargas aeroviárias para a América Latina. O assunto foi discutido nesta quinta-feira (14) durante reunião entre o governador Reinaldo Azambuja e a representante da empresa alemã Lufthansa, Liége Emmerz. O objetivo é estruturar o Aeroporto Internacional da Capital para operar com grande volume de cargas destinadas a outros países, projeto buscado pelo governo há três anos. 

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, que participou do encontro, realizado na Governadoria, comentou que Campo Grande está em posição estratégica para se transformar em corredor bioceânico. Essa característica da Capital foi um dos pontos apresentados à Lufthansa, uma das líderes de mercado no setor de cargas. 

Verruk informou que a reunião, além de servir como oportunidade de apresentar à Lufthansa potenciais de Campo Grande, também objetivou sondar o interesse da empresa em investir no empreendimento. O secretário reconhece que o projeto é de longo prazo e que serão necessários investimentos no aeroporto. "Mas deixemos muito claro que o aeroporto de Campo Grande tem condições favoráveis que outros não tem, como pista longa e capacidade de até 80 toneladas, e um porto seco alfandegado pronto para operar”, argumentou.

Durante o encontro, do qual também participou o coordenador-geral de Assuntos Econômicos Latino-Americanos e Caribenhos do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, o governador Reinaldo Azambuja explanou sobre o empenho de seu governo para concretizar os corredores bioceânicos rodoviário e ferroviário passando por Mato Grosso do Sul.

Diretora-presidente do escritório da Lufthansa Consulting no Brasil, Liége Emmerz disse que a apresentação feita pelo governador e pelo secretário a deixou impressionada pelo papel estratégico do Estado e da Capital não só em relação ao Brasil, pela força do agronegócio, mas ao continente latino-americano. Ela adiantou que a logística de cargas proposta é viável, envolvendo Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia.

“Nos parece que existe aqui esse potencial, inclusive até na diversificação da malha, descentralizando o destino da carga, que hoje se concentra em Viracopos, em direção a algumas regiões do Brasil e da América Latina”, observou a dirigente da Lufthansa, ressaltando que a empresa é especialista em estudos de viabilidade econômica em logística de transporte.

Liége Emmerz informou que a empresa já desenvolve projetos similares em várias partes do mundo, operando não só com linhas aéreas, mas cargueiras nos maiores aeroportos e terminais. “A estratégia e o interesse do governo local é fundamental, na facilitação das ideias de negócios e serviços, e podemos cooperar e auxiliar nesses estudos”, afirmou.

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