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Economia

Grupo de trabalho estuda ressarcir prejudicados por descontos do INSS

Operação apontou que entidades descontaram R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024

Por Kamila Alcântara | 24/04/2025 17:32
Grupo de trabalho estuda ressarcir prejudicados por descontos do INSS
Aplicado "Meu INSS" é uma das ferramentas disponíveis para saber se sofreu descontos (Foto: Reprodução)

Após a Operação "Sem Desconto", da Polícia Federal, que revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, a CGU (Controladoria-Geral da União) anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar formas de ressarcir os beneficiários prejudicados. O comunicado foi feito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24), pela diretora de Orçamentos, Finanças e Logística do órgão, Débora Floriano.

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Após a Operação 'Sem Desconto', que revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, a CGU anunciou um grupo de trabalho para ressarcir os prejudicados. O esquema, que movimentou R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, foi alvo de 211 mandados de busca em 13 estados. A CGU e a PF não informaram quantos serão ressarcidos, mas os descontos estão suspensos. O presidente do INSS foi exonerado. A operação visa devolver valores subtraídos e punir crimes de corrupção e falsificação.

De acordo com as investigações, entidades conseguiram retirar ilegalmente mais de R$ 6,3 bilhões das contas de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Ao todo, foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão em 13 estados, incluindo Mato Grosso do Sul.

Agora, com a apuração em andamento, a força-tarefa pretende encontrar meios para devolver os valores subtraídos. "Nós traremos, oportunamente, um plano onde serão abordadas e tratadas todas as informações. Em seguida, em uma força-tarefa conjunta, promoveremos o integral ressarcimento dos descontos irregularmente aplicados sobre os benefícios dos nossos segurados", afirmou Débora.

Apesar do anúncio, nem a CGU nem a Polícia Federal informaram quantas pessoas deverão ser ressarcidas. A diretora reforçou que, por ora, os descontos estão suspensos. “Não é necessário que nossos beneficiários recorram imediatamente às agências para bloquearem os seus descontos”, destacou.

Operação - Deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a CGU, a operação “Sem Desconto” teve como alvo um esquema de descontos irregulares de mensalidades associativas diretamente nos benefícios do INSS, sem consentimento dos aposentados. As investigações apontam que o esquema movimentou R$ 6,3 bilhões em cinco anos.

Os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Segundo a CGU, auditoria mostrou que 97% dos aposentados e pensionistas ouvidos não sabiam que estavam sofrendo descontos em seus benefícios.

Após a revelação do esquema, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado do cargo por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Stefanutto, que estava à frente do órgão desde julho de 2023, por indicação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi afastado por ordem da Justiça Federal, junto com outros cinco servidores.

O Campo Grande News preparou um passo a passo para quem deseja verificar se foi vítima dos descontos indevidos, além de orientações para cancelar o vínculo com as entidades envolvidas e evitar novas cobranças.

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