ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 26º

Economia

Iagro investiga caso de mormo equino na área rural de Campo Grande

Surgimento da doença levou a cancelamento de evento no Parque do Peão no último fim de semana

Humberto Marques | 08/10/2019 17:00
Mormo se manifesta de forma crônica em equinos. (Foto: Noticiário/Reprodução)
Mormo se manifesta de forma crônica em equinos. (Foto: Noticiário/Reprodução)

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) investiga a ocorrência de um caso de mormo equino em Campo Grande. A doença, fatal para animais e transmissível para humanos, foi identificada em um centro de treinamento nas imediações do Parque do Peão da Capital –na saída para Rochedinho, no norte da cidade.

Em razão da suspeita, a etapa oficial de outubro do CLC (Clube de Laço Comprido), que ocorreriam no último fim de semana, foram canceladas, segundo informou em nota a organização do evento. O local de contágio não foi oficialmente informado, mas fica nas imediações do parque, segundo divulgado pelo CLC.

A assessoria da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Produção e Agricultura Familiar) confirma que a Iagro foi acionada a comparecer ao local para apurar a suspeita da doença. Uma nota técnica sobre o caso deve ser emitida pelo órgão.

Doença – Segundo dados do site da Iagro, o mormo é causado por uma bactéria (Burkholderia mallei) e atinge cavalos (geralmente de forma crônica), asininos e muares (forma aguda), podendo infectar também o homem. Os animais doentes apresentam febre alta, tosse e descarga nasal, com úlceras nas narinas –que se manifestam também nos membros e abdome. A forma pulmonar causa pneumonia crônica.

A transmissão do mormo se dá por meio do contato com as secreções e excreções do animal doente, principalmente do nariz e do pus dos abscessos, que contaminam o ambiente, comedouros e bebedouros. O controle sanitário envolve o sacrifício dos animais doentes, enterrio ou incineração dos cadáveres, desinfecção e ambientes, interdição de áreas e notificação.

A doença chegou a ser declarada extinta no país em 1988, porém, no ano seguinte, sete animais foram diagnosticados positivos em Pernambuco e Alagoas. Isso levou o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) fixou exigências para o trânsito interestadual de equídeos.

Em humanos, pode causar febre, dores musculares, dor no peito, rigidez muscular e cefaleia, além de lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e diarreia, bem como ulcerações e feridas –evoluindo, nos casos mais graves, para falência de órgãos e morte.

Nos siga no Google Notícias