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Economia

Isolamento social puxa deflação de 0,43% nos preços ao consumidor na Capital

Gasolina liderou as quedas de preços e ajudou a derrubar a inflação no mês passado, segundo o IBGE

Rosana Siqueira | 08/05/2020 14:27
Preços da gasolina tiveram queda expresisva desde o mês passado (Kisie Ainõa)
Preços da gasolina tiveram queda expresisva desde o mês passado (Kisie Ainõa)

Mesmo aos trancos e barrancos, o isolamento social acabou por trazer pontos positivos também na economia. Com menos gente na rua, Campo Grande teve deflação de 0,43% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril. A queda foi puxada pelos transportes, principalmente diante do recuo no valor de combustíveis, que desde o começo do ano chega perto de 15%. Esta é a menor variação mensal para o IPCA desde janeiro de 2014, quando a pesquisa começou a ser realizada em Campo Grande. No ano, o IPCA acumula alta de 0,68%. O valor registrado em março de 2020 foi de 0,56 %. Em abril de 2019, o índice havia ficado em 0,52%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram deflação no mês passado e o maior impacto negativo do mês, -0,61 ponto percentual (p.p.), veio do grupo Transportes (-2,89%). A segunda contribuição negativa mais intensa (-0,07 p.p.) veio dos Artigos de residência (-1,68%), cuja queda foi superior a registrada em março (-0,96%).

No lado das altas, destaca-se o grupo Alimentação e bebidas (1,28%), que acelerou em relação a março, com impacto de 0,26 p.p. no IPCA de abril. Os demais grupos ficaram entre a queda de -0,28% em Comunicação e a alta de 0,83% em Vestuário.

Uma contribuição positiva no IPCA de abril veio de Alimentação e bebidas (1,28%), que, apesar de leve diferença em relação a março (1,44%), segue com alta em relação aos meses de janeiro (-0,42%) e fevereiro (-0,17%).

Isolamento - Com menos gente fora de casa a alimentação no domicílio passou de 1,89% em março para 1,44% em abril, A alimentação no domicílio, por sua vez, passou de 0,20% em março para 0,82% em abril, influenciada pela alta do lanche (3,17%). A refeição vem registrando comportamento instável por vários meses consecutivos. Em março esse item havia tido um leve aumento de 0,19%, porém fechou abril negativo atingindo a marca de -0,40%. Habitação e artigos de residência auxiliaram na queda do índice.

Após a alta de 0,13% em março, o grupo Habitação teve queda (-0,10%) em abril, influenciado pelo recuo nos preços da energia elétrica (-0,76%), influenciada pela mudança para bandeira tarifária de cor verde. Em Campo Grande, a variação mensal do grupo Habitação foi de 0,32%. Alguns artigos de limpeza também tiveram alta, com destaque para água sanitária (6,12%) e o amaciante e alvejante (3,82%). A variação também aumentou para os encargos com mudança (3,92%).

O grupo dos Artigos de residência apresentou a segunda maior variação negativa no índice do mês, tanto para o Brasil (-1,37%) quanto para Campo Grande (-1,68%). Na capital sul-mato-grossense, o grupo foi influenciado pela queda dos itens mobiliário (-4,54%), com destaque para o subitem móvel infantil (-5,79%); e do item eletrodomésticos e equipamentos (-3,19%), com destaque para o subitem refrigerador (5,64%). Por outro lado, artigos de iluminação (3,48%) e computador pessoal (3,07%) registraram variações positivas no IPCA de abril.

O decréscimo no grupo dos Transportes (-2,66%), que tem o maior peso de todos os grupos, em Campo Grande deve-se sobretudo ao recuo observado nos preços dos combustíveis (-7,32%), em particular e a gasolina (-9,31%), que apresentou o maior impacto individual negativo no índice do mês (-0,57 p.p.). Além da gasolina, o etanol (-8,44%)e o óleo diesel (-4,38%) também apresentaram queda em abril. Ainda em Transportes, as passagens aéreas (8,16%) registraram alta após três meses consecutivos de quedas. O item transporte público (0,86%) foi outro a apresentar variação positiva. Vestuário e saúde e cuidados pessoais tiverem variações opostas e seus impactos se anularam. O grupo de vestuário teve aumento de 0,83%, gerando impacto de 0,039% no índice. A calça comprida masculina foi o subitem com maior aumento (2.16%). Já no grupo de saúde e cuidados pessoais houve queda (-0,28%), com impacto de -0,037 no índice.

 A maior queda registrada se deu no subitem anti-infeccioso e antibiótico (-5,23%).

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