Juros reduzidos não chegam ao consumidor, diz Fecomércio
Conforme a Fecomércio/MS (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul), a redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic (9,25% para 8,75%) não está chegando às empresas, muito menos ao bolso do consumidor.
Existe muito espaço, segundo a federação, para reduzir o spread [diferença entre o preço de compra (procura) e venda (oferta)], que em maio deste ano estava em 47,3% (taxa média anualizada equivalente às operações de cartão de crédito, cheque especial e CDC). Dependendo da operação, o spread correspondente pode representar mais 90% dessa taxa.
Há espaço para uma redução de pelo menos 25% no spread cobrado atualmente, caso haja empenho dos bancos e governo do Estado, de acordo com a Fecomércio. Para o órgão, o cenário econômico atual indica que o ciclo de queda da taxa Selic está atingindo o limite.
Para que seja evitada uma migração maciça de aplicações de renda fixa para a caderneta de poupança, num curto prazo, é que a queda da taxa vem sendo sentida. Com isso, a remuneração da poupança passa a ser parâmetro para as taxas interbancárias e, consequentemente, para a Selic.
Além disso, os recursos alocados no investimento tradicional não são tributados, ao contrário das aplicações em fundos de renda fixa (sempre muito vinculados à Selic e ao Certificado de Depósito Interbancário) que sofrem incidência de tributos.