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Economia

Leilão tem coisa boa, com preços que atraem o bolso e exige pesquisa

Elverson Cardozo | 14/08/2013 16:23
Auditório da OAB ficou lotado nesta tarde. (Foto: Marcos Ermínio)
Auditório da OAB ficou lotado nesta tarde. (Foto: Marcos Ermínio)

O auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Campo Grande, ficou lotado na tarde desta quarta-feira (14), por conta de um leilão de mercadorias apreendidas pela Receita Estadual.

À disposição dos interessados, 388 lotes com lances iniciais que variavam de R$ 20,00 a 8.980 mil. Na lista, uma infinidade de produtos, que vão desde calcinhas à sacos de gesso, passando por roupas, calçados, bijuterias, eletrônicos, material de informática, peças de automóveis, motossera, entre outros.

Quem vai à leilão está em busca de qualidade e preço baixo. Geralmente o público é composto por gente que acompanha certames há anos, mas, na platéia, também há espaço para quem começou agora.

O comerciante Carlos Jordão, 47 anos, é das antigas. Frequenta vendas como essa há pelo menos 20 anos. Com tanta experiência, ele diz, de cara, que o segredo para um negócio bem feito é pesquisar, saber o preço de mercado e comparar com o produto ofertado.

“Tem que pagar pelo menos 30% mais barato senão nem compensa”, disse. Hoje, por exemplo, Carlos saiu no lucro. Levo para casa um Autoclave Digital, aparelho utilizado para esterilizar, à vapor, instrumentos cirúrgicos.

O equipamento, que será da filha dele, estudante de Odontologia, saiu por R$ 2.047,5, somando a taxa 5%, do leilão. Na loja, nos estabelecimentos que ele fez orçamento, o mesmo aparelho não saia por menos de R$ 3,5 mil. A economia foi de quase R$ 1,5 mil.

Na lista de mercadorias, lances inciais começavam em R$ 20,00. (Foto: Marcos Ermínio)
Na lista de mercadorias, lances inciais começavam em R$ 20,00. (Foto: Marcos Ermínio)

Para quem está começando agora, disse, a dica é pesquisar, ver a condição do produto pretendido e ter noção do preço de mercado, para não cair em uma fria. Muita gente, alertou, acha que vai ficar rico com leilões. De fato, é possível sair na vantagem, mas é preciso tomar esses cuidados, considerados básicos.

O pintor Oslírio Mendes, 62 anos, pensa de forma semelhante e, como Calor, também soma experiência. Participa de leilões desde a década de 80 e diz, com segurança, que já levou muita coisa boa para casa.

Só de carros usados, já perdeu as contas de quantos modelos comprou. Há alguns anos saiu com Fiat Uno, modelo antigo, por R$ 6 mil. Em outra situação, comprou um Corcel II, ano 85, por R$ 3,8 mil.

“Tem muita coisa boa. Tudo depende de você visitar antes e olhar bem o material para fazer uma boa compra. Se não tem base e não olha antes, toma prejuízo”, disse.

Vendedora autônoma, Andrelina estava de olho nos lotes de roupas. (Foto: Marcos Ermínio)
Vendedora autônoma, Andrelina estava de olho nos lotes de roupas. (Foto: Marcos Ermínio)

No leilão desta quarta-feira, o pintor estava em busca de tintas para trabalhar. Das últimas vezes que participou, conseguiu arrematar 12 galões, de 18 litros cada, com uma diferença de preço que, segundo ele, passou dos 50%.

A vendedora autônoma Andrelina da Silva, 45 anos, compra assim há pouco tempo, 2 anos, mas não arremata qualquer coisa. Antes do certame, costuma conferir as mercadorias, que ficam à disposição dos futuros clientes.

No ano passado, ela conseguiu comprar, por R$ 1,2 mil, 420 unidades de roupas. Ainda nem revendeu as mercadorias, mas estava à procura de mais. Desta vez, sem tempo de conferir os lotes, a mulher iria arriscar. Pretendia comprar, no escuro mesmo, outro lote do mesmo produto. Eram 230 camisetas com lance inicial de R$ 920,00.

“Marquei bastante coisa, de camisa a cosméticos”, disse, comentar que havia guardado R$ 1 mil para o leilão. A compra termina hoje, mas a lista com a descrição dos produtos pode ser conferida neste link.

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