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Economia

Medo do coronavírus afugenta até quem está negativado no comércio

Com menor movimento no comércio caiu também volume de pessoas que foram renegociar as dívidas no SCPC e Serasa

Rosana Siqueira | 23/05/2020 09:55
Movimento caiu no SCPC na rua 15 de novembro na Capital (Kisie Ainõa)
Movimento caiu no SCPC na rua 15 de novembro na Capital (Kisie Ainõa)

Se por um lado a pandemia elevou o volume de inadimplência que atinge mais de 97 mil pessoas na Capital, a quarentena esfriou o consumo de muitos campo-grandenses. Um sinal desta mudança no comportamento está nos órgãos de proteção ao crédito. Em tempos de isolamento, até os devedores que precisam de crédito para comprar sumiram dos bureaus de renegociação de dívidas de Campo Grande em março e abril.

Um dos mais conhecidos o Serviço Central de Proteção ao Crédito, que fica dentro da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande e está atendendo presencialmente, anda bem vazio.

De acordo com a gerente de negócios da ACICG, que coordena o SCPC, Letícia Ribeiro, houve queda na procura dos consumidores desde março. “Verificamos que a partir de março houve uma queda da procura do consumidor e por parte das empresas. Isso foi uma consequência do fechamento do comércio. Porque normalmente o consumidor vem consultar o nome limpo para poder voltar. Mas, se as lojas estão fechadas há desinteresse”, explicou.

Ela destaca que o atendimento foi suspenso no dia 20 de março e retornou presencialmente no dia 7 de abril. “Maio estamos avaliando ainda, mas precisamos frisar que esta queda se deu pela quarentena e as empresas acabarem fechando as portas. Nosso atendimento não foi interrompido. Nos adaptamos, temos atendimento presencial e ainda colocamos as opções que são WhatsApp, canais de telefone e e-mail”, acrescentou Letícia.

Já o Serasa está com o atendimento presencial cancelado. De acordo com nota da assessoria de imprensa, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial de Saúdo) para evitar a propagação da convid-19 e preservar a saúde dos consumidores e colaboradores, o órgão não está tendo expediente nas agências de todo o País, incluindo a que fica em Campo Grande. Porém ,a entidade informa que está disponível para atendimento à distância por fone, internet e redes sociais.

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Nome limpo – Vale lembrar que mesmo em tempos de pandemia, manter o nome limpo é a primeira premissa para que as pessoas consigam tomar crédito com taxas de juros mais baixas. A recomendação é de Victor Loyola, empresário do mercado financeiro e cofundador de empresa de crédito consignado privado.

Mesmo no caso do crédito consignado privado, que já tem taxas baixas e está disponível a negativados, o nome limpo colabora para que a taxa seja a menor possível. “A recomendação, então, é que as pessoas pensem antes de recorrer a empréstimos e, se forem precisar de crédito, já elaborem um planejamento para absorvê-lo aos gastos nos meses seguintes”, salienta.

Um último ponto de atenção é com o limite do cartão de crédito, que tende a ser o mais usado por já estar sempre à mão, mas tem taxas muito altas comparado a outras formas disponíveis no mercado. O cartão de crédito gera a ilusão do gasto sem pagamento. O limite do cartão é sempre maior do que o salário, o que, num primeiro momento, causa até certo alívio, que termina quando chega a fatura. “Isso acontece porque a maioria das pessoas utiliza o cartão de crédito para pagar despesas do dia a dia e contas muito pequenas, como um cafezinho, por exemplo. O ideal é usar o cartão dentro de um limite que é o percentual de sua renda”, conclui o especialista.


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