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Economia

Medo do vírus afasta clientes e queda nas vendas do comércio chega a 80%

Proprietária de loja de roupas registrou queda de 80% nas vendas de novembro até março

Mariana Rodrigues | 13/03/2021 14:01
Movimento no Centro de Campo Grande neste sábado (13), era pequeno e comerciantes reclamam da queda nas vendas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Movimento no Centro de Campo Grande neste sábado (13), era pequeno e comerciantes reclamam da queda nas vendas. (Foto: Henrique Kawaminami)

O aumento no número de casos de covid-19, tem refletido nas vendas do comércio em Campo Grande. Alguns comerciantes já estimam queda de 80% nas vendas só nos primeiros três meses do ano, e a esperança que eles alimentavam no mês de novembro do ano passado de boas vendas, acabou com o pico da doença em março deste ano.

Apesar de ainda ter muita gente andando pelas principais ruas do Centro neste sábado (13), algumas lojas estavam vazias e os comerciantes analisam que as vendas ainda são baixas para o período, ainda mais por se tratar do segundo sábado do mês.

De acordo com a proprietária de uma loja de roupas localizada entre as Ruas Dom Aquino e Rua 14 de Julho, Kety Mota, 38 anos, comprar nesse momento de pandemia não é mais prioridade. Ela viu as vendas de sua loja caírem em 80% por causa do medo que os clientes têm de contrair covid-19.

“As pessoas não vão se arriscar ir para o Centro se colocar em situação de risco para comprar, por isso elas maneiraram nas compras. Tem bastante gente circulando pelas ruas, mas a maioria são trabalhadores da região central”, afirma.

Kety Mota, 38 anos, proprietária de uma loja de roupas conta que as vendas caíram em 80%. (Foto: Henrique Kawaminami)
Kety Mota, 38 anos, proprietária de uma loja de roupas conta que as vendas caíram em 80%. (Foto: Henrique Kawaminami)

A gerente Kelly Martins, 34 anos, observa que nem mesmo o segundo sábado do mês, época em que a maioria dos clientes escolhiam para fazer compras na região central, já não é mais o mesmo de antes da pandemia. O fluxo de clientes na loja diminuiu e consequentemente as vendas também. “As vendas estão piores que no ano passado, desde janeiro estamos sentindo quedas nas vendas”, lamenta.

Mas a situação não atinge somente as lojas de vestuário, o setor de móveis e eletrodomésticos também encara o momento com queda nas vendas desde novembro do ano passado. A gerente Marta Cáceres, 49 anos, acredita que a crise financeira é a maior culpada pela queda nas vendas e não necessariamente o medo que as pessoas têm do vírus. “O pessoal continua saindo de casa”, argumenta.

Wilkes de Paula, 29 anos, gerente de uma ótica, conta que a queda de vendas na loja foi entre 10% a 15%. “Esse ano as quedas foram mais bruscas. Viemos de uma esperança [de boas vendas] em novembro e desespero [na queda das vendas] em janeiro”.

Wilkes de Paula, 29 anos, gerente de uma ótima, conta que as vendas caíram de 10% a 15%. (Fotos: Henrique Kawaminami)
Wilkes de Paula, 29 anos, gerente de uma ótima, conta que as vendas caíram de 10% a 15%. (Fotos: Henrique Kawaminami)

Ele acredita que não é só o medo do vírus, mas também a falta de conscientização das pessoas. “A irresponsabilidade da pessoas não é em não ir ao comércio, mas em não cumprir de maneira correta as normas de biossegurança, como uso do álcool em gel e uso correto das máscaras e quem acaba pagando o pato é o comércio”, afirma.

O reflexo na queda das vendas também é notório com a quantidade de estabelecimentos fechados e prédios para alugar, só na Rua 14 de Julho, foram quatro pontos que estão para alugar em quatro quadras da via.

No Centro, na Rua 14 de Julho, vários prédios, que já funcionaram como lojas, agora estão para alugar. (Foto: Henrique Kawaminami)
No Centro, na Rua 14 de Julho, vários prédios, que já funcionaram como lojas, agora estão para alugar. (Foto: Henrique Kawaminami)


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