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Economia

MPE é acionado para averiguar alta no preço do gás

Redação | 20/03/2009 15:00

O MPE (Ministério Público Estadual) foi acionado por revendedores de gás de cozinha de Campo Grande, devido a um aumento repassado pelas distribuidoras, sem que a Petrobras tenha aplicado o reajuste.

O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Luiz Eduardo Lemos de Almeida, deve começar a convocar, nos próximos dias, todos os envolvidos para esclarecer a questão.

Segundo o presidente do Simpergasc/MS (Sindicato de Revendedores de GLP), Pedro Nantes, o reajuste aconteceu dia 9 em todo o Brasil, menos em Mato Grosso do Sul.

"Entre o dia 9 e o dia 14, estivemos reunidos com os distribuidores, na tentativa de segurar o aumento. Nós queríamos que eles fossem até a imprensa e explicassem o motivo desse reajuste, mas na segunda-feira, dia 16, o botijão de gás já estava de 3 a 5 reais mais caro", explicou o sindicalista.

As distribuidoras alegam que não se trata de aumento, mas da "suspensão de descontos" supostamente fornecidos aos revendedores.

Para o sindicato da categoria, esta alegação não passa de um modo que as distribuidoras encontraram para "maquiar" ou "camuflar" o aumento.

O Campo Grande News entrou em contato com três revendedoras de gás, nos bairros Carandá Bosque, Universitário e Jardim Leblon e todas confirmaram o reajuste de R$ 5 na última segunda-feira.

O presidente do Simpergasc/MS lamentou o reajuste e deixou claro que os revendedores não têm condições de absorver este aumento no preço do GLP.

"Estamos com a margem de lucro cada vez mais achatadas, com grande parte das revendedoras à beira da inviabilidade", declarou.

A SHV, empresa proprietária da Supergasbras, admitiu na última semana, por meio de nota distribuída à imprensa, que o reajuste poderia ocorrer, justamente devido ao fim dos descontos concedidos às revendedoras.

Já a Liquigas afirma que o preço do produto está liberado desde 2001 e que os valores do botijão de 13k podem variar em função de vários fatores, como demanda e clima.

O aumento do preço do GLP sem justificativa aparente faz lembrar o caso dos postos de gasolina de Campo Grande, que decretaram, simultaneamente, o fim das promoções e elevaram o valor cobrado pelo litro em até 11%.

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