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Economia

MS é o 12º no ranking de desigualdade, que é maior entre as mulheres

Caroline Maldonado | 18/09/2014 13:43
Índice de desigualdade é maior para mulheres em MS (Foto:Marcos Ermínio)
Índice de desigualdade é maior para mulheres em MS (Foto:Marcos Ermínio)

O índice que mede a desigualdade de renda no Brasil aponta Mato Grosso do Sul como 12º no ranking dos 26 Estados e o Distrito Federal, em 2013. O índice de Gini mede o grau de concentração de renda, variando de zero, que representa perfeita igualdade a um, que denota desigualdade máxima. Na média do Brasil, o índice ficou em 0,500, enquanto em Mato Grosso do Sul o índice é 0,498.

A desigualdade é maior entre as mulheres, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Enquanto para as mulheres sul-mato-grossenses o índice ficou em 0,493, entre os homens é 0,485, o que significa uma diferença de oito pontos.

Em todo o Brasil, a desigualdade de renda é estável há dois anos, já que a variação foi 0,001, segundo a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira. A diferença não permite afirmar que houve piora da desigualdade e sim que ela se manteve no mesmo nível. “A gente percebe que, desde 2011, [o índice] está variando para cima ou para baixo, mas eu não diria que é uma melhora ou uma piora", explicou a pesquisadora.

Segundo o IBGE, a região Centro-Oeste apresentou o maior rendimento domiciliar, R$ 3.525 e a região Nordeste, o menor, R$ 2.011. As duas regiões foram as que apresentaram as maiores desigualdades na distribuição da renda domiciliar. O índice de Gini, como é chamado pelos pesquisadores, ficou em 0,507 no Nordeste e 0,510 no Centro-Oeste.

Histórico - A pesquisa revelou que em 2013, 44,8% dos domicílios brasileiros que declararam ter algum tipo de rendimento contavam com até um salário mínimo por morador do domicílio. Em relação ao ano anterior, o crescimento do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 4,8%, de R$ 1.110 para R$ 1.163.

Desde 2004, o índice de Gini variou para baixo até 2012, partindo de 0,535. A maior queda foi entre os anos 2007 e 2008, quando a redução foi de 0,521 para 0,513. De acordo com a pesquisa, a pressão sobre o índice de Gini veio do aumento do rendimento das pessoas mais ricas, que cresceu mais que o das mais pobres. De 2012 para 2013, o crescimento da renda dos 10% mais ricos foi 6,3%, enquanto os 10% mais pobres tiveram um ganho de rendimento de 3,5%.

A Pnad é realizada desde 1967 e apresenta informações sobre população, migração, educação, trabalho, rendimento e domicílios do país, grandes regiões, estados e regiões metropolitanas.

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