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Economia

Nos últimos quatro anos, receitas caíram 4,87% em Campo Grande

Ricardo Campos Jr. | 31/12/2016 10:38
Prefeito eleito começará mandato com queda nas receitas (Foto: Marcus Vinícius)
Prefeito eleito começará mandato com queda nas receitas (Foto: Marcus Vinícius)

Campo Grande está entre as capitais cujas receitas encolheram nos últimos quatro anos em razão da crise. Dados divulgados pela Folha de S. Paulo apontam que os recursos financeiros diminuíram 4,7% entre 2013 e 2016, fazendo com que os investimentos na Capital sul-mato-grossense despencassem 76%, ficando atrás apenas de Natal, que amargou queda de 86%.

Para conter os efeitos da recessão, as despesas na cidade foram reduzidas em 13%, a exemplo do que aconteceu com Belo Horizonte e Recife, cujas reduções se deram no mesmo patamar.

O município se enquadra entre as 11 capitais que tiveram queda real desde o início do mandato, que no caso de Campo Grande foi marcado também por uma crise política, envolvendo a cassação do prefeito eleito Alcides Bernal (PP) em razão do que se acredita ter sido um golpe com a participação do vice Gilmar Olarte (PP), que depois foi apontado como suspeito em esquemas fraudulentos.

Em outubro Marquinhos Trad (PSD) venceu as eleições e deve assumir o comando da Capital neste domingo (1º) com a missão de pelo menos minimizar os efeitos da crise sem deixar de resolver problemas como falta de médicos em postos de saúde e a má condição do asfalto, repleto de buracos.

“Vamos driblar com trabalho e com competência técnica. Isso é fruto de falta de credibilidade em consequência da crise administrativa e política que a nossa cidade viveu e nós não podemos suportar isso. Todos nós perdemos com isso. Só em Campo Grande foram 34 mil desempregados e nenhuma indústria veio para cá”, pontua.

O prefeito eleito já anunciou os itens que compõem o projeto de reforma administrativa, que prevê redução de 13 para 11 o número de secretarias, além de diminuir de 10 para 8 as fundações, agências e institutos.

Entre as mudanças está a fusão entre a Receita e o Orçamento, que se transformou na Secretaria Municipal de Fazenda, Orçamento e Finanças. Houve a extinção das secretarias da Mulher e da Juventude, que passaram a ficar no segundo escalão (subsecretarias), dentro da pasta de Governo e de Relações Institucionais.

“Crise financeira tem o reflexo do problema econômico nacional. A crise político-administrativa acabou a partir do dia em que eu fui eleito. Eu procurei o Legislativo, todos os poderes, conversei com todos eles para que a gente possa ter tempo de paz, consciência”, diz o gestor público.

Trad afirma que irá fazer a máquina administrativa funcionar sem aumentar impostos, além de cobrar as dívidas dos cidadãos para com o poder público para tentar contornar a crise.

Nós vamos fazer o que a máquina administrativa funcione sem aumentar impostos. Vamos buscar todas as dívidas e cobrar as dívidas que são devidas pelo cidadão sem aumentar impostos.

“Sozinhos não conseguimos nada. Precisamos de ajuda e paciência de toda a sociedade. Estamos dizendo isso para vocês. Tem que ter paciência para colocar a cidade em ordem. É possível reverter e nós vamos buscar isso não apenas no Executivo, mas com a ajuda de todos aqueles que amam Campo Grande”, diz o prefeito eleito.

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