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Economia

Olarte fala em unificar secretarias e pegar empréstimo para pagar 13ª

Priscilla Peres e Liana Feitosa | 02/10/2014 15:47
Prefeito deu entrevista nessa tarde durante a entrega de certificados cursos de qualificação profissional.(Foto: Alessandro Martins)
Prefeito deu entrevista nessa tarde durante a entrega de certificados cursos de qualificação profissional.(Foto: Alessandro Martins)

O prefeito Gilmar Olarte (PP) afirmou hoje que está negociando um empréstimo com o HSBC para conseguir efetivar o pagamento da folha do fim do ano. Além disso, disse que não está descartada a unificação de secretarias. As ações fazem parte de um pacote de medidas para economizar até o fim do ano e garantir o pagamento do décimo-terceiro salário dos funcionários.

A prefeitura de Campo Grande precisa de R$ 300 milhões para custear os meses de novembro, dezembro e o décimo-terceiro dos seus 22 mil funcionários. Para isso quatro medidas estão sendo tomadas, a primeira é o corte de pessoal que começou ontem com a 27 funcionários a e a mudança de salário de outros 10. A segunda é a arrecadação de impostos atrasados por meio do PPI (Programa da Pagamento Incentivado) na qual a prefeitura espera receber R$ 60 milhões.

A terceira medida é a antecipação do pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que será feita em dezembro ao invés de fevereiro, como era de costume. E a quarta, confirmada hoje por Olarte, é o empréstimo com a instituição financeira que faz o pagamento dos funcionários.

Em entrevista ao Campo Grande News, o prefeito disse que as ações estão começando a ser implantadas e outras ainda estão por vir, como a unificação de secretarias. "Vamos avançar muito até semana que vem. Precisamos enxugar gastos e é possível que alguma secretaria que não precise estar trabalhando sozinha seja unificada em duas".

Algumas dessas ações serão levadas para aprovação da Câmara de Vereadores por meio de projetos, que já estão sendo elaborados. Nessa questão também podemos incluir o reajuste do IPTU acima da inflação, que está em estudo.

Crise - Há meses as contas da prefeitura não fecham e na terça-feira (30), o titular da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle), André Scaff, admitiu aos vereadores que a prefeitura passa por uma crise financeira e que medidas radicais estão sendo tomadas para ordenar as finanças e garantir o pagamento do 13° salário aos 22 mil funcionários municipais.

Hoje, Olarte disse que a prefeitura não está em crise neste momento. "Estava lá no começo do ano, quando foi aberto um buraco negro. Agora estamos resolvendo. Já avançamos muito e estamos trabalhando para enterrar esse buraco com nossas ações e ter o próximo ano tranquilo", afirmou ao se referir a administração do prefeito Alcides Bernal (PP), que foi cassado em março deste ano. Olarte era vice de Bernal e por isso assumiu a administração da prefeitura.

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