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Economia

Para ministra, potencial produtivo do Brasil “incomoda muita gente” no exterior

Tereza Cristina avalia que “nós mesmos damos munição para falarem mal do Brasil” diante da capacidade agropecuária local

Humberto Marques | 27/09/2019 19:12
Tereza Cristina, com o prefeito Renato Cavalcante e o deputado José Carlos Barbosa; potencial produtivo do país causa temores no exterior. (Foto: Humberto Marques)
Tereza Cristina, com o prefeito Renato Cavalcante e o deputado José Carlos Barbosa; potencial produtivo do país causa temores no exterior. (Foto: Humberto Marques)

A titular da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo Jair Bolsonaro, Tereza Cristina, vem dividindo as atenções da pasta entre as ações de organização do agronegócio no país e, também, encabeçar a abertura de negócios para a produção brasileira no exterior. Ao avaliar os dois trabalhos como difíceis, porém, ela aponta a verdadeira fonte de problemas: a própria capacidade produtiva do país.

“Nós mesmos damos munição para falarem mal do Brasil. O Brasil incomoda muita gente”, afirmou ministra, durante evento partidário do DEM no gabinete do deputado estadual José Carlos Barbosa, na Assembleia Legislativa, em Campo Grande. Longe de a declaração envolver posicionamentos polêmicos da atual cúpula federal, Tereza atribuiu os problemas ao potencial do país como concorrente internacional por conta de sua vocação para a agropecuária.

“Imagine um país que tenha extensão territorial que temos, com uma agricultura tropical que consegue fazer duas safras no mesmo ano, podendo até fazer três se houver irrigação, pelo tamanho e extensão que consegue fazer carne, soja, milho, algodão, cana. O Brasil é uma potência, colocamos todo dia no prato de um bilhão de pessoas alguma coisa do nosso agronegócio”, afirmou a ministra, ressaltando que nas recentes reuniões com autoridades do Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes, obteve garantias do reconhecimento dos produtos brasileiros como “bons e baratos”.

Competitividade – Tereza Cristina ainda afirmou que, mesmo diante de barreiras sanitárias e comerciais e dos problemas em logística e tributários, “o Brasil consegue ser competitivo”.

“Agora imagine o mercado lá fora, quando se assina um acordo com a União Europeia de livre mercado. É preciso qualidade, credibilidade. E precisamos dizer que acreditamos no nosso potencial e podemos agregar muito valor aos produtos que temos aqui. O Brasil assusta produtores de outros países, mas acho que podemos fazer muito mais porque ousamos pouco até hoje”.

A jornalistas, Tereza também rebateu alegações de que posicionamentos pessoais do presidente Jair Bolsonaro tenham efeito negativo no processo de abertura de mercados.

“O presidente fala o que pensa, as pessoas podem gostar ou não disso. Ele não enganou ninguém, foi eleito com um discurso que continua a fazer, e segue resgatando a nossa nacionalidade, o patriotismo, e isso incomoda muita gente. Falam em temores, mas até agora não vi nada, só muita notícia de jornal. Continuamos sendo grandes exportadores”, finalizou.

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