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Economia

PIB do Estado cresce a ritmo chinês e indústria supera agronegócio

Priscilla Peres | 11/10/2014 08:47
Indústrias transformaram a matriz econômica do Estado, principalmente de Três Lagoas onde estão gigantes da celulose. (Foto: Divulgação)
Indústrias transformaram a matriz econômica do Estado, principalmente de Três Lagoas onde estão gigantes da celulose. (Foto: Divulgação)

O PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul teve crescimento nominal de 219% nos últimos dez anos, o equivalente a taxa média de 12,3% ao ano, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nesse período a participação da indústria passou de 16% para 20% enquanto que a agropecuária caiu de 20% para 12%.

Em números nominais, considerando a inflação do período, o PIB estadual era de R$ 24 bilhões em 2006, passou para R$ 49 bilhões em 2011. A estimativa da Semac (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia) é de que alcance R$ 69 bilhões este ano, quando o Estado completa 37 anos de formação.

Conforme números do IBGE de 2011, o setor de Serviços e Comércio tem a maior participação no PIB do Estado, com 44%, seguido pela Indústria com 22,8%, o Setor Público com 19,2% e a Agropecuária com 14%. "Atualmente a indústria responde pela segunda maior parcela da riqueza gerada no Estado. Superando o Setor Público e a Agropecuária", ressalta o coordenador da Unidade de Economia do Sistema Fiems (Federação da Indústria), Ezequiel Resende Martins.

A industrialização de Mato Grosso do Sul fica evidente no país, por ser o segundo Estado com maior crescimento industrial de 336%, entre 2002 e 2011, segundo dados do IBGE em levantamento detalhado pela Fiems. O ranking é liderado pelo Pará (394%) e ainda inclui o Espirito Santo (332%) na terceira posição, Mato Grosso ( 274%) em quarto e Minas Gerais ( 251%) em quinto.

Para o secretário-adjunto de Estado Produção, Pedro Pedrossian Neto, o conjunto de políticas públicas implantadas foi decisivo para a mudança estrutural da economia. "O que mais contribuiu para esse aumento do PIB foram as ações que compreendem, principalmente, os incentivos fiscais, doação de terrenos, parcerias com prefeituras para isenção de impostos e o financiamento mais competitivo do país", destaca Pedrossian ao se referir das condições do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste).

Secretário-adjunto, Pedro Pedrossian Neto, especifica sobre investimentos que deram certo. (Foto: Marcelo Calazans)
Secretário-adjunto, Pedro Pedrossian Neto, especifica sobre investimentos que deram certo. (Foto: Marcelo Calazans)

Projeções - Indústrias como a Eldorado Celulose, Fibria, Vetria, Petrobras, ADM do Brasil, CRPE Holding e BBCA Brazil investiram mais de R$ 30 bilhões em Mato Grosso do Sul, geraram milhares de empregos, mudando a matriz econômica do Estado e ainda prometem ampliar sua atuação nos próximos anos.

A partir disso, a Fiems prevê que o PIB Industrial do Estado cresça, pelo menos, mais 45% de 2011 até agora, alcançando o equivalente a R$ 14,2 bilhões no final deste ano. Além disso, estima que o montante chegue a R$ 20,8 bilhões daqui a três anos, em 2017.

Dessa forma o segmento vai se consolidar como o segundo maior gerador de riquezas em Mato Grosso do Sul, alcançando o equivalente a 25,5% do PIB total do Estado em 2014, aumento de 2,7 pontos percentuais em relação à participação verificada em 2011, último ano registrado pelo IBGE.

Ainda conforme estimativa da Fiems, em 2017 a Indústria estadual deve chegar em 27,5% de participação no PIBde Mato Grosso do Sul. Alcançando, em valores nominais, R$ 20,8 bilhões.

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