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Economia

Plano de recuperação dos Correios ainda não detalha impacto em MS, diz sindicato

Presidente do Sintec afirma que não há informações sobre fechamento de agências no Estado

Por Ketlen Gomes | 29/12/2025 15:55
Plano de recuperação dos Correios ainda não detalha impacto em MS, diz sindicato
Agência dos Correios em Campo Grande, Capital poderé ser afetada com fechamento de unidades. (Foto: Paulo Francis)

RESUMO

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O plano de recuperação dos Correios, apresentado nesta segunda-feira (29), prevê o fechamento de mil agências deficitárias no país e a redução de até 15 mil trabalhadores até 2027. Em Mato Grosso do Sul, ainda não há informações oficiais sobre os impactos das medidas, segundo o presidente do Sintec/MS, Wilton dos Santos Lopes. O pacote de ajustes visa conter o déficit da empresa, estimado em R$ 9 bilhões até 2025. O plano inclui empréstimos de R$ 12 bilhões, operações de crédito de R$ 8 bilhões e financiamento de R$ 4,4 bilhões junto ao banco dos Brics. A expectativa é de retorno ao lucro a partir de 2027, após a conclusão da reestruturação.

A apresentação do plano de recuperação dos Correios, feita nesta segunda-feira (29), ainda não trouxe informações concretas sobre os impactos em Mato Grosso do Sul. Segundo o presidente do Sintec/MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios), Wilton dos Santos Lopes, "até o momento não houve comunicação oficial à entidade sobre fechamento de agências ou redução de serviços no Estado". Ele destacou que "na maioria dos municípios do interior só tem uma unidade. Não dá para fechar, porque o município ficaria desassistido".

O plano de recuperação da estatal, aprovado em 21 de novembro, prevê o fechamento de mil agências deficitárias em todo o país, a redução de até 15 mil trabalhadores até 2027 e a revisão de benefícios concedidos aos servidores. As medidas visam conter um déficit de cerca de R$ 9 bilhões em 2025. Wilton, sobre o impacto no interior de Mato Grosso do Sul, avalia que o fechamento de unidades é improvável. Ele explicou que "apenas Dourados possui mais de uma agência", enquanto Campo Grande conta com nove agências próprias e três franqueadas. Sobre as agências fechadas temporariamente, como na região do bairro Tiradentes, ele afirmou que "não foram fechadas definitivamente. Vai ser aberto um processo de realocação, que precisa de recurso".

Em relação à redução do quadro de pessoal, Wilton reforçou que "não há demissões compulsórias nos Correios". Ele explicou que "o que vai acontecer, como já vem acontecendo, é o plano de demissão voluntária, que é uma prerrogativa do trabalhador aceitar ou não". O sindicato, segundo ele, "aguarda a publicação oficial dos termos do plano para analisar com mais precisão o impacto sobre os trabalhadores". Para Wilton, a adesão ao plano em Mato Grosso do Sul deve ser baixa, pois "a maioria que estava para sair já saiu nos planos anteriores, e não vejo incentivo maior do que o que já foi oferecido".

O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, afirmou que, apesar dos ajustes, "a universalização do serviço não será comprometida". O Sintec/MS segue atento ao cenário e, se necessário, tomará as medidas pertinentes, como "fazer denúncias quando for necessário e buscar os parlamentares, para que não haja prejuízo nem para a população nem para os trabalhadores".

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