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Economia

Plantio da soja chega a 60,3% da área em MS com atraso em relação a 2018

Chuvas esparsas dificultam plantio e produtores correm para semear as lavouras

Rosana Siqueira | 14/11/2019 06:30
Máquina trabalha na preparação da terra para o plantio (Foto: Aprosoja)
Máquina trabalha na preparação da terra para o plantio (Foto: Aprosoja)

Apesar da estimativa positiva de colheita de 9,4 milhões de toneladas de soja no Estado, o plantio da soja está pelo menos 30 pontos percentuais inferior ao ano passado. De acordo com o último boletim da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de MS), no mesmo período de 2018 os produtores já tinham plantado 90% da área prevista para a oleaginosa. Hoje, segundo dados do Siga este índice é de pouco mais de 60%.

De acordo com o diretor executivo da Aprosoja-MS, Frederico Azevedo, os produtores estão atravessando um início difícil na safra de soja. No entanto ele frisa que a entidade mantém a estimativa de elevar a área em 3,1 milhão de hectares com soja. “Observamos incremento do plantio há cerca de 20 dias com a estabilização de chuvas em algumas regiões. Mesmo assim as precipitações têm sido esparsas. Estamos 30 pontos percentuais em atraso diante das cinco últimas safras passadas. Em anos anteriores a média de plantio com base no dia 8 de novembro era 90% plantado. Hoje em MS estamos com 60,3% da área plantada neste início de mês. O processo está mais lento do que naturalmente ocorria pra MS”, destacou.

Azevedo destaca ainda que as chuvas estão muito irregulares. “Temos chuvas “manchadas”, com precipitações esparssas nas fazendas. Ele afirma que tiveram informações de locais com muita seca e alguns relatos de produtores que tiveram que fazer o replantio. “A chuva não veio e teve que plantar de novo e isso gera preocupação pra gente no sentido que pode afetar a safrinha que pode ser de milho ou algodão aqui no Estado”, alega o diretor.

A Aprosoja recomenda que o plantio da soja seja feito até 31 de dezembro (janela recomendada) mas o plantio caminhando lentamente pode afetar a entrada das culturas da chamada segunda safra. “A preocupação é porque tem safrinha e essa colocação da segunda safra está cada dia mais apertada e complicada”, acrescentou.

Safrinha - Ele lembra que o ideal é que os produtores entrem com a safrinha nas lavouras até o dia 10 de março. “Se os produtores conseguem colocar o milho de Campo Grande pra cima (norte) até esta data tem uma estabilidade um pouco melhor, porque não pega geada. Já de Campo Grande para baixo (região sul) tem risco de geada no milho”, justifica lembrando que 67% do milho plantado no Estado está na região sul, principalmente nos municípios de Maracaju, Naviraí e Dourados.

“Nosso temor é que com o atraso neste comportamento da safra de soja devemos ter muita colheita na janela ideal de cultivo do milho e para alguns produtores ficará difícil”, finaliza.

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