Pobreza diminui em Mato Grosso do Sul, mas desafios continuam em Campo Grande
No Estado, 13,3% da população está na faixa de rendimento entre meio e 1,5 salário mínimo
Entre 2023 e 2024, mais de 8,6 milhões de pessoas saíram da pobreza no Brasil, de acordo com novo estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta quarta-feira (3). A proporção de brasileiros que vivem com menos de R$ 694 por mês caiu de 27,3% para 23,1%. Em Mato Grosso do Sul, essa redução também foi notável, mas a realidade de Campo Grande, a maior cidade do estado, ainda apresenta desafios significativos.
RESUMO
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A pobreza no Brasil registrou queda significativa entre 2023 e 2024, com mais de 8,6 milhões de pessoas deixando essa condição, segundo estudo do IBGE. A proporção de brasileiros vivendo com menos de R$ 694 mensais reduziu de 27,3% para 23,1%. Em Mato Grosso do Sul, apesar da melhora nos índices, Campo Grande ainda enfrenta desafios importantes. Na capital, 38,6% da população recebe entre meio e um salário mínimo, e 47% ganha até 1,5 salário mínimo. A situação é mais crítica entre mulheres pretas e pardas, que representam maior proporção na pobreza extrema.
Em 2024, 2.829.000 pessoas viviam em Mato Grosso do Sul, e os dados mostram que a maior parte da população ainda tem rendimentos baixos. Cerca de 32,5% das pessoas recebem entre 1 e 2 salários mínimos, e 29,9% ganham entre meio salário mínimo e 1 salário mínimo. Isso significa que muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades para cobrir suas necessidades básicas.
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Além disso, 13,3% da população de Mato Grosso do Sul está na faixa de rendimento entre meio e 1,5 salários mínimos, o que indica que a pobreza ainda afeta uma boa parte da população, especialmente nas classes mais baixas.

Em Campo Grande, a situação é ainda mais desafiadora. A proporção de pessoas que ganham entre meio e 1 salário mínimo é de 38,6%, ou seja, quase 4 em cada 10 pessoas da cidade enfrentam dificuldades financeiras. Além disso, 47,0% da população recebe entre meio e 1,5 salários mínimos, o que também indica que a maioria da população está longe de alcançar a estabilidade financeira.
A situação piora para quem vive em extrema pobreza, com rendimento de menos de R$ 218 por mês. A continuidade dos programas sociais, como o Bolsa Família, foi essencial para reduzir a pobreza. Sem esses programas, a pobreza extrema no Brasil seria 3 vezes maior.
Os dados também mostram que mulheres pretas e pardas são mais afetadas pela pobreza. Elas representam uma maior proporção de pessoas na pobreza e na extrema pobreza em Campo Grande, o que revela a desigualdade racial e de gênero ainda presente na cidade.

Os programas sociais, como o Bolsa Família, desempenham um papel crucial na redução da pobreza. Sem esses programas, a pobreza extrema no Brasil seria 6,5% maior. Em Campo Grande, esses benefícios têm garantido um mínimo de dignidade para muitas famílias, mas a quantidade de pessoas fora do mercado de trabalho formal e com rendimentos baixos ainda é significativa.
Nacional - A redução da pobreza foi mais acentuada no Nordeste, com a proporção de pobres caindo de 47,2% para 39,4%. No entanto, Mato Grosso do Sul se destaca com uma redução na extrema pobreza, o que reflete as melhorias nas condições de vida do estado.
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