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Economia

Presidente da Fiems diz que queda no juro foi tímida

Redação | 12/03/2009 07:38

O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, considerou muito tímida a queda na taxa básica de juros do País, que ontem foi reduzida de 12,75% ao ano a 11,25%, conforme decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

"O momento é de ameaça de recessão. Por isso a taxa deveria recuar ao nível de um dígito", avaliou Longen. Além disso, ele defende que Copom volte a se reunir de 30 em 30 dias e não no prazo de 45 dias, "medida adotada em tempos de economia estável, sem turbulências".

O empresário ressalta que a redução de 3,6% no PIB (Produto Interno Bruto), no último trimestre do ano passado, exigia uma ação mais contundente. Entre os setores, disse o presidente da Fiems, a Indústria registrou o maior tombo (-7,4%), seguida pela Agropecuária (-0,5%) e pelos Serviços (-0,4%). Para a Indústria, esse foi o maior recuo desde o quarto trimestre de 1996 (-7,9%). "Crescemos menos e reduzimos a geração de empregos A política monetária precisa ser flexibilizada", advertiu.

Este foi o segundo corte de juros desde a piora na crise econômica ocorrida a partir de setembro, já que em janeiro o Copom reduziu a Selic de 13,75% para 12,75% e, agora, os diretores do BC só voltam a se reunir nos dias 28 e 29 de abril. O corte de hoje nos juros é o maior desde novembro de 2003, quando a taxa caiu de 19% para 17,50% ao ano.

Com essa nova redução, a Selic voltou ao nível em que estava em março de 2008, a menor da história. Apesar do corte de hoje, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo. Em termos nominais, ficam à frente da taxa Selic os juros na Venezuela (17,06%), Rússia (13%), Turquia (11,50%) e Argentina (11,38%). Em relação aos juros reais (descontada a inflação), o Brasil continua com a maior taxa, de 6,51% ao ano.

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