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Economia

Promoções fazem de MS líder em celulares

Redação | 19/08/2009 22:19

A funcionária pública Jaqueline Navia, de 37 anos, tem duas linhas telefônicas em um único celular, com chips de duas operadoras. A manobra, cada vez mais utilizada, serve para aliar as baixas tarifas de uma empresa com as promoções de outra e contribui para que o Estado entre na lista dos 4 no País onde o número de linhas telefônicas móveis superou o de habitantes.

"Já tem aparelho que aceita até três chips", diz animada Jaqueline. Adepta de celular há dez anos, ela conta que antes o custo de manutenção era muito mais caro, além dos aparelhos serem mais rústicos. "O meu era um Tijorola", lembra.

Agora ela faz questão de usufruir os mais modernos recursos disponíveis. O aparelho tem até seu nome gravado no verso. "O duro é que se eu quiser vender esse celular vai ter que ser para outra Jaqueline", brinca.

Para ela, o aparelho indispensável no dia-a-dia 'facilitou a vida de todo o mundo'.

Um valor especial ao celular fez com que o Estado seja um dos 4 no País com mais aparelhos circulando e ativados, do que pessoas.

Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) apontam que a teledensidade, que demonstra o número de telefones em serviço para cada grupo de cem habitantes, registrada em MS foi de 100,61.

Com esse número, o Estado fica atrás apenas do Distrito Federal, que até então era o único que havia registrado mais aparelhos do que habitantes, com marca de 103,83; e do Rio de Janeiro, com 100,62 aparelhos celulares para cada cem habitantes.

Outro estado que entrou no ranking foi São Paulo, com 100,09 celulares por grupo de cem pessoas. No País, a "teledensidade" é de 84,61 por grupo de 100 habitantes, e o total de celulares registrados alcançou 161.922.375.

Difusão - O atendente Talison Amorim, de 19 anos, acredita que o sucesso da tecnologia seja resultado da junção de outros recursos, como o acesso à internet e à televisão.

Com celular há apenas dois anos, ele diz que não conhece ninguém que não tenha ao menos um aparelho. "Tem criança de seis anos que já usa celular", destaca.

"Hoje em dia é difícil ficar sem", defende o funcionário público federal Elvio Alves Oliveira, de 57 anos. Ele revela que o aparelho é indispensável em sua rotina, e acredita que quanto mais recursos forem agregados, mais imprescindível ele irá se tornar para a vida das pessoas.

Com aparelhos e linhas cada vez mais baratos, o que não falta é gente com mais de dois celulares abandonados em gavetas, em casa. A estudante Camila Rodrigues, de 15 anos, diz que já nem sabe onde "eles estão". "Quando compro um, esqueço total do outro. Acho que já tem uns 6 largados por aí".

E assim os telefones, apesar de inativos, vão se acumulando, com suas respectivas baterias.

Na escola, Camila conta que o consumismo já foi tema de inúmeras aulas, mas o celular também provocou debates sobre poluição. "A gente não sabe para onde vão todos os aparelhos que ninguém usa. Para não jogar no lixo, guarda na gaveta, né", dia a garota.

Em Campo Grande não existe um lugar específico para netrega desse tipo de material, cabe as operadores receberam os equipamentos e darem destinação adequada.

De graça - Lesly Lidiane Abastoflor, de 24 anos, tem dois aparelhos novos que nunca usou, "empurrados" em promoções do comércio, conta a universitária.

O último ganhou como brinde, depois de comprar um fogão. "Agora, qualquer coisinha que você compra você ganha celular".

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