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Economia

Recuperação judicial preocupa funcionários de usina

Redação | 11/01/2010 08:47

O pedido de recuperação judicial da Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool, deferido em novembro pelo juiz da 8ª Vara Cível de São José do Rio Preto (SP), Paulo Roberto Zaidan Maluf, desperta preocupação dos funcionários da usina de Quebra-Côco, em Sidrolândia, que há anos já são penalizados com atrasos salariais.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Açúcar e Álcool de Rio Brilhante e Região, Oviedo Santos, estima que hoje a dívida com os funcionários da usina Quebra-Côco em Sidrolândia passe dos R$ 300 mil, somando a folha de dezembro, ainda não paga, o 13º e férias.

"Isso sem contar o fundo de garantia que não depositam", diz. Ele afirma que a preocupação é quanto à continuidade das atividades das usinas. "Não conheço empresas que tenham pedido concordata e continuem funcionando", diz.

O Campo Grande news entrou em contato com a assessoria de imprensa do Grupo Pessoa e foi informado de que o processo de recuperação judicial não irá afetar os pagamentos. "O processo de recuperação judicial foi iniciado justamente para a empresa ganhar fôlego e honrar seus compromissos", informou.

Quanto aos atrasos, a informação é de que o que pode ter provocado atrasos é a influência do excesso de chuvas na produção.

CBAA tem sede no município paulista onde foi concedida a recuperação judicial e cinco pequenas unidades sucroalcooleiras, nas cidades de Icem (SP), Campos dos Goytacazes (RJ), Japoatã (SE) e nas cidades sul-mato-grossenses de Brasilândia e Sidrolândia

Juntas, as usinas processam menos de 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume igual ao de uma unidade considerada de médio porte no Centro-Sul. Nos últimos anos, o nome da empresa esteve ligado a denúncias do Ministério do Trabalho de prática de trabalho análogo à escravidão envolvendo índios em Brasilândia.

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