Reforma trabalhista traz incertezas em convenção coletiva, diz sindicalista
“As dúvidas são gerais, tanto dos patrões quanto dos empregados”, observa o presidente do Sindicato dos Comerciários de Campo Grande. Ele se refere aos reflexos da reforma trabalhista nas negociações entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores. O setor do comércio está em período de convenção coletiva.
O sindicalista nota que não há certezas quanto aos impactos da Lei 13.467, em vigor desde o dia 11 deste mês e que , que traz mais de cem alterações na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
“Na verdade, ninguém sabe de nada. Há apreensão geral”, afirmou. No entanto, ele acredita que os acordos já em andamento não serão afetados pelas mudanças na legislação. Isso, ao menos em se tratando do comércio.
O setor tem nova rodada de negociações na manhã desta terça-feira (14). Além de discussão quanto ao reajuste salarial, as partes também buscarão definir outras questões, como o funcionamento ou não do comércio em dias especiais.
Quanto ao reajuste, os trabalhadores buscam ganho real (acima da inflação) de pelo menos 3%. “Acredito que vamos avançar e chegar a um bom resultado para os dois lados”, afirmou.
Entre os acordos, está o funcionamento das lojas no período de Natal e Ano Novo. Em relação ao dia 15 (feriado da Proclamação da República), próxima quarta-feira, já foi acordado na convenção anterior, que o comércio abrirá normalmente.
Temporários – A contratação de trabalhadores pelo comércio foi postergada neste ano devido às mudanças na legislação. O comércio esperava entrar em vigor a Lei 13.467. Nesta semana, essas admissões devem se intensificar.
Em entrevista ao Campo Grande News na semana passada, o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro, afirmou que , sazonalmente, o quadro de pessoal é reforçado já no início de novembro. “Neste ano, no entanto, deve acontecer com mais intensidade a partir da segunda quinzena deste mês”, disse.
