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Economia

Restaurantes e lanchonetes começam mês no prejuízo com a alta do gás

Quem usa o industrial de 45 quilos consegue a reposição, mas está pagando até 6% mais caro.

Ricardo Campos Jr. e Bruna Kaspary | 05/06/2018 12:00
Estabelecimentos que usam o botijão de 13 quilos, o mais comum nas residências, correm o risco de interromper o atendimento pela falta desse produto no mercado (Foto: Marina Pacheco)
Estabelecimentos que usam o botijão de 13 quilos, o mais comum nas residências, correm o risco de interromper o atendimento pela falta desse produto no mercado (Foto: Marina Pacheco)

Restaurantes e lanchonetes de Campo Grande sofrem com a crise de abastecimento no gás de cozinha, reflexo da greve dos caminhoneiros que apesar de ter encerrado no dia 30, atrasou as entregas e zerou os estoques das revendedoras na cidade, que não estão conseguindo atender a demanda.

Estabelecimentos que usam o botijão de 13 quilos, o mais comum nas residências, correm o risco de interromper o atendimento pela falta desse produto no mercado. Já quem usa o industrial de 45 quilos consegue a reposição, mas está pagando até 6% mais caro.

Kátia Rodrigues trabalha em uma lanchonete na Rua 14 de Julho e afirma que pagou R$ 617 nos botijões P45 este mês, enquanto em maio eles haviam custado R$ 535. “Não chegamos a repassar esse reajuste aos clientes e o preço dos nossos salgados continua o mesmo”, afirma.

Lucilene Gonçalves, 36 anos, é gerente de outro estabelecimento desse ramo também no Centro e diz que o botijão industrial saltou de R$ 245 para R$ 260. “Eu acho que essa alta já estava programada e não tem relação com a procura”, opina.

Revendedoras estão recebendo menos gás que o normal e produtos se esgotam em pouco tempo (Foto: Saul Schramm)
Revendedoras estão recebendo menos gás que o normal e produtos se esgotam em pouco tempo (Foto: Saul Schramm)

Risco – Maria Alves Queiroz tem uma lanchonete na Rua Barão do Rio Branco que usa gás de 13 quilos e gasta de quatro a cinco botijões por mês. Ontem ela ligou para a revendedora que a atende, mas não conseguiu comprar, já que o item está em falta.

“Deram previsão para hoje a tarde”, contou a empresária. Se ela não repor o estoque hoje, ela vai ter que usar o botijão de casa para continuar atendendo.

Maria Inês Barbieri, 58 anos, também usa o gás de 13 quilos e diz que comprou quatro de uma só vez quando soube que ele poderia faltar. “Ainda não senti na pele a falta do produto no mercado”, afirma a empresária.

Já Maria Lupatini, 72 anos, usa o gás para fazer café e os salgados fritos que vende em seu estabelecimento. Hoje ela teve que pedir ao irmão para trazer o botijão de casa para poder abrir, mas se o entregador não conseguir atendê-la hoje, talvez não consiga abrir amanhã.

Fila – A venda de gás nas distribuidoras está sendo feita com senha. O produto está sendo vendido de R$ 75 a R$ 109.

O comércio, que está recebendo ligações da cidade inteira, tem ofertado gás com base em previsão de entrega da distribuidora. A revenda ressalta que o estoque da loja esgotou em pouco tempo, porque muitos clientes fizeram reservas com botijões botijões extras.

O presidente do Simpergasc (Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Estado de Mato Grosso do Sul), Vilson de Lima, acredita que a situação seja normalizada em apenas dez dias.

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