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Economia

Ricos ganham 30 vezes mais que pobres em MS

Redação | 10/10/2009 07:42

O rendimento das famílias mais ricas em Mato Grosso do Sul é, em média, 30 vezes maior que das mais pobres, conforme pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira.

Entre os 10% mais pobres, a média de rendimento per capita é de R$ 101,39. Ampliando para os 40% mais pobres passa a R$ 210,33. Já entre os 10% mais ricos, a renda per capita é de R$ 3.060,12.

A distorção é grande, mas menor que a média encontrada em âmbito nacional. No País, o rendimento de 10% das famílias mais ricas é 40 vezes maior que das mais pobres.

A pesquisa aponta que as famílias com menor renda têm maior número de pessoas. As que têm renda per capita de até ¼ de salário mínimo, por exemplo, têm em média 4,2 pessoas por domicílio, número que cai progressivamente à medida em que a renda aumenta. As que têm mais de cinco salários mínimos per capita, por exemplo, têm em média 2,5 moradores.

Lotada- No Jardim Noroeste, por exemplo, numa casa com três peças moram oito pessoas. O casal Vilma da Silva, 33 anos e João Ramão Rodrigues, 37, mantém as contas e o sustento dos oito filhos com uma renda de R$ 900.

Vilma é empregada doméstica e ganha R$ 400 mensais, já Ramão exercia a função de serviços gerais numa conceituada empresa da Capital, mas devido a um acidente de trabalho, acabou perdendo parte do osso do joelho e hoje recebe benefício do INSS R$ 500.

O casal mora no Noroeste há oito anos, mas recentemente comprou um lote onde fixou residência permanente. Como R$ 500 são usados para pagar as prestações do terreno, sobram R$ 400 para o sustento da família.

Os filhos, com idade entre 8 e 15 anos, estudam e não podem trabalhar para ajudar os pais. "Comprar tudo não dá, o que pode a gente compra e o que não pode a gente espera para o outro mês", ressaltou Vilma.

Para ela e o marido, a renda ideal seria de R$ 1,5 mil e daria para a família viver bem. No espaço que conta apenas com um quarto/sala, uma cozinha e um banheiro, "a gente dorme tudo amontoadinho. As crianças reclamam, mas fazer o que", explicou Vilma.

Pobreza

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